A tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas e as empresas do setor têxtil estão investindo com vigor na produção de tecidos inteligentes e sustentáveis. Ou seja, o futuro da moda é a roupa hi-tech.
Diversas funções vêm sendo atribuídas às peças, e isso só é possível graças à descoberta, relativamente recente, de que há como aprimorar ou produzir fios do zero, por meio da utilização da tecnologia de nano partículas.
Para isso, é feita a manipulação de componentes estruturais básicos, diretamente no caráter molecular ? o que possibilita tanto a customização como a alteração dos tecidos ? para suprir as necessidades diárias por meio de funcionalidades específicas.
Por esse motivo, o uso de tecnologia na fabricação de produtos como acessórios, roupas, lençóis e toalhas se transformou em algo imprescindível em relação às inovações presentes no mercado atual.
Roupas hi-tech e suas utilidades
As roupas hi-tech são todas aquelas que tiveram suas estruturas moleculares modificadas com nanotecnologia. Hoje, já existem diversas peças disponíveis para aquisição e, certamente, ainda mais sendo produzidas.
Alguns exemplos de suas múltiplas funções podem ser conferidos logo abaixo.
Antibacteriana
Acredite, há roupas capazes de prevenir tanto as doenças causadas por fungos, bactérias e outros microrganismos relacionados quanto o odor que eles proporcionam.
Elas são compostas por um tecido que une os fios naturais às partículas que têm o zinco em sua base ? este, por sua vez, possui propriedades antimicrobianas que impedem a proliferação desses microrganismos nocivos.
Uma forma eficiente de utilização dessas peças é como uniforme de trabalho de profissionais que praticam atividades insalubres, expostos a bactérias, fungos ou, até mesmo, calor e umidade. Ou seja, se encaixa perfeitamente como um EPI (Equipamento de Proteção Individual).
Proteção contra raios UV (ultravioleta)
Assim como os óculos de sol e os protetores solares oferecem proteção contra os agressivos raios ultravioleta, atualmente, há roupas que desempenham essa mesma função.
A nanotecnologia utilizada nesses tecidos forma um obstáculo que monitora a transmissão dos raios ultravioleta, impedindo que ocorram queimaduras solares e atuando na prevenção de doenças mais graves, como o câncer de pele.
Essas peças também podem ser usadas como EPIs por profissionais que trabalham ao ar livre, como mestres de obra, engenheiros, garis, etc.
Além disso, ainda há a possibilidade de combinar outros tipos de nanotecnologia como a antibacteriana.
Repelente
Recentemente, foram criadas roupas extremamente úteis que evitam que os mosquitos e outros tipos de insetos se aproximem da pele.
Isso é possível graças à inserção de inseticidas nas fibras das peças e, como o algodão é a fibra mais compatível com esses ativos, é o material mais usado para esse fim.
Inclusive, mesmo após as roupas serem lavadas, o produto continua tendo o mesmo efeito. Sendo excelente na prevenção de doenças transmitidas por meio de picadas de insetos, como o mosquito Aedes Aegypti ? responsável pela transmissão de 4 doenças: febre amarela, zika, chikungunya e dengue.
Ademais, investir em peças compostas por esse material é uma ótima precaução para a saúde, sobretudo em locais mais afetados por esses bichos, como o litoral.
Antichamas
Provavelmente a nanotecnologia antichamas é a mais conhecida entre as mencionadas. Ela modifica a estrutura dos fios, tornando-os menos propensos ao processo de combustão e atrasando a inflamação do fogo.
Há como, ainda, realizar um tratamento ? aplicação de solução retardante ? em tecidos como lycra, algodão e poliéster, para que estes não alastrem o fogo para materiais inflamáveis ou outros cômodos ? importante medida de segurança.
Uniformes compostos por esse material são EPIs amplamente utilizados em profissões insalubres, especialmente pelos bombeiros, pois, obviamente, são os profissionais que mais têm contato direto com as chamas.