A descoberta de um novo sistema solar foi anunciada ontem (22) pela agência espacial norte-americana, Nasa. De acordo com a agência, os sete planetas possuem tamanhos semelhantes ao da Terra e as informações preliminares apontam que estão localizados em zona habitável, onde pode haver condições climáticas adequadas, estruturas rochosas e a possibilidade de conservar água em estado líquido em sua superfície.
Os resultados foram divulgados em Washington, durante entrevista coletiva na sede da agência, e publicados na revista Nature. Os planetas apresentam órbitas sempre com o mesmo lado voltado para a estrela, portanto, cada lado é perpétuo dia ou noite. Isso poderia significar que eles têm padrões de tempo totalmente diferente daqueles na Terra, como ventos fortes soprando do lado do dia para o lado noturno e mudanças extremas de temperatura.
"Esta descoberta pode ser uma peça significativa no quebra-cabeças de encontrar ambientes habitáveis, lugares propícios para a vida", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado do Departamento de Missão Científica da agência em Washington. "Responder à pergunta 'estamos sozinhos' é uma prioridade científica e encontrar tantos planetas como estes pela primeira vez na zona habitável é um passo notável em direção a esse objetivo".
Batizado de Trappist-1, o sistema planetário está distante cerca de 40 anos-luz (235 trilhões de milhas) da Terra, na constelação de Aquário, isto é, relativamente, é um sistema próximo a nós. Por estarem localizados fora de nosso sistema solar, esses planetas são cientificamente conhecidos como exoplanetas.
Os pesquisadores da Nasa fizeram a descoberta coletando dados pelo telescópio infravermelho Spitzer. Com esses dados, a equipe mediu com precisão os tamanhos dos sete planetas e desenvolveu primeiras estimativas das massas de seis deles, permitindo que sua densidade fosse estimada.
De acordo com a Nasa, os planetas estão próximos uns aos outros e poderiam ser vistos a olho nu de seus vizinhos e poderiam parecer maiores do que a lua no céu da Terra.
Em comparação ao nosso Sol, a estrela Trappist-1 foi classificada como ultrafria.