Um levantamento da TIC Domicílios 2016, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou nesta quarta-feira (6) que 54% das residências brasileiras estão conectadas à internet. Esse índice representa 36,7 milhões de moradias e um aumento de 3 pontos percentuais (p.p.) na comparação com 2015.
Mais presente em domicílios de áreas urbanas (59%) e nas classes A (98%) e B (91%) o levantamento aponta que o acesso à rede nas residências das classes D/E conectadas à internet registram 23%, enquanto aquelas em áreas rurais chegam a 26%. A banda larga fixa é o tipo de conexão utilizada por 23 milhões das residências do país.
A proporção de domicílios brasileiros com acesso à internet por dispositivos móveis (sem computador) passou de 7%, em 2014, para 14% em 2016. A internet móvel é a principal forma de conexão em 9,3 milhões de residências, principalmente nas classes D/E, na região Norte e nas áreas rurais.
"Os resultados indicam maior presença dos acessos móveis nos domicílios brasileiros, que ocorrem principalmente por meio do uso de telefones celulares. O crescimento da banda larga móvel, contudo, ocorre com maior intensidade entre os domicílios das classes sociais menos favorecidas e em regiões que tradicionalmente apresentam conectividade mais restrita, como é o caso da região Norte e das áreas rurais", disse o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa.
O Brasil conta atualmente com 107,9 milhões de usuários da internet. Na TIC Domicílios 2016 é possível notar que em 18% das residências conectadas, a internet também é utilizada pelo domicílio vizinho, prática mais comum em casas localizados em áreas rurais (30%) e na região Nordeste (28%). Entre os principais motivos para não ter internet, 26% afirmaram que a conexão é cara e 18% destacaram falta de interesse.
A pesquisa aponta que o uso da internet por pessoas com 10 anos ou mais passou de 58%, em 2015, para 61%, em 2016. No total, o Brasil conta com 107,9 milhões de usuários de Internet. Em 2016, 93% deles utilizaram o celular para navegar, um aumento de 4 p.p. em relação ao ano anterior. No sentido contrário foi registrada queda no percentual de usuários que acessam a rede por meio de computador, que eram 80% em 2014 e são 57% em 2016.