Concurso do Iphan vai espalhar funcionários entre capitais e rincões do país

Vagas ofertadas pelo órgão vão desde São Paulo, principal cidade do país, até Natividade, pequeno município do Tocantins


O concurso público federal mais próximo de acontecer, o do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), cujas provas serão aplicadas no dia 26 de agosto, vai espalhar mais de 400 novos funcionários públicos pelas 26 unidades federativas brasileiras - das capitais aos rincões do país.

De acordo com o edital, as 411 vagas para início imediato ofertadas pelo órgão ainda não têm lugares fixos, mas serão preenchidas de acordo com as necessidades das filiais nas capitais ou dos escritórios técnicos localizados em cidades que, normalmente, têm algum aspecto histórico de preservação. Em São Paulo, por exemplo, além da própria capital, o Iphan têm representações em Iguape, município conhecido por ter sido um dos primeiros vilarejos do Brasil, construído em 1538.

O estado que mais possui escritórios do Iphan é Minas Gerais, com oito: além de Belo Horizonte, eles funcionam em Congonhas, Diamantina, Mariana, Ouro Preto, São João Del Rei, Serro e Tiradentes. A Bahia tem cinco (Salvador, Cachoeira, Lençóis, Porto Seguro e Rio de Contas), assim como o Rio de Janeiro (Rio, Paraty, Petrópolis, São Pedro D´Aldeia, Vassouras). Em seguida, estão Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Antônio Prado, Jaguarão e São Miguel das Missões), Santa Catarina (Florianópolis, Laguna, Pomerode e São Francisco do Sul) e Pernambuco (Recife, Fernando de Noronha, Igarassu e Olinda)

O Iphan ainda têm escritórios em Alagoas (Maceió e Piranhas), no Ceará (Fortaleza, Icó e Sobral), em Goiás (Goiânia, Goiás e Pirenópolis), no Maranhão (São Luiz e Alcântara), no Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Corumbá), na Paraíba (João Pessoa e Areia), no Piauí (Teresina, Parnaíba e São Raimundo Nonato), no Sergipe (Aracaju e São Cristóvão) e no Tocantins (Palmas e Natividade).

Das 411 vagas do edital Iphan, 131 são para Auxiliar Institucional I de nível médio com jornadas de 40 horas semanais e remuneração de R$ 3.877,97. Existem ainda outras 176 vagas para Técnico I e 104 para Analista I, de níveis superior, com salário inicial de R$ 5.035,29. A distribuição dos candidatos aprovados dependerá da posição nos exames. Ou seja: quem ficar melhor classificado poderá ter mais chance de escolher onde quer trabalhar.

No final de junho, o edital foi retificado no texto sobre a lotação dos candidatos: quem renunciar a uma posição conquistada no teste será colocado em último na fila dos aprovados em outra unidade escolhida. "Isso quer dizer que, se eu passei para trabalhar na Bahia, mas quero trabalhar em São Paulo, posso renunciar à minha aprovação, mas fico em último na briga por uma vaga em São Paulo", explica o professor Admilson Costa, do Gran Cursos Online.

De acordo com o Cebraspe, as provas do concurso Iphan serão aplicadas em turnos diferentes dependendo do nível dos candidatos, o que permitirá que eles se inscrevam para mais de uma função em escolaridades diferentes. Todos os níveis, porém, precisarão responder a 50 questões de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos específicos, além de uma redação.

A última prova para o Iphan foi aplicada em 2009, quando 187 vagas para nível médio e superior foram preenchidas. À época, o órgão buscava analistas, técnicos e auxiliares institucionais.