Sisu: como funciona o sistema de seleção unificado de universidades para participantes do Enem

Ele é o caminho para entrar em universidades públicas com o resultado do Enem


O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é um programa que cria a oportunidade dos estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a concorrer a vagas em universidades públicas estaduais e federais de todo o país. 

Em 2020, foram oferecidas 237 mil vagas em 128 instituições de ensino. Depois de muita polêmica, os resultados foram divulgados no dia 28 de janeiro. Isso porque o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, decidiu atender um recurso do governo federal contra uma decisão da Justiça de São Paulo, que vetava a divulgação dos dados.

A ação paulista foi motivada pelo erro na correção das provas dos candidatos. No dia 20 de janeiro, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela elaboração e aplicação da prova, afirmou que as "inconsistências" foram detectadas em notas de 5.974 participantes do Enem, o que representa cerca de 0,15% dos 3,9 milhões de candidatos presentes. 

O Ministério da Educação (MEC) anunciou que o portal do Sisu ficou disponível 91,6% do tempo em que as inscrições estavam abertas. 

Como funciona o Sisu

Criado em 2009, ele é uma das medidas do MEC para facilitar o acesso à educação superior pelo Enem. Desta forma, há duas seleções por ano: uma no início e outra no meio do ano. 

Para participar, o candidato deve ter realizado o Enem no ano anterior e não ter zerado na redação, ou seja, para estar apto a se inscrever no Sisu de 2021, é preciso fazer o Enem 2020 e tirar qualquer nota a mais do que um 0 no teste escrito. Se o estudante for treineiro e ainda não estiver no ano de término do ensino médio, também não poderá participar da seleção. 

Desta forma, basta acessar o site do Sisu com os números de inscrição do Enem e a senha cadastrada em mãos. Em seguida, é possível escolher até duas opções de curso e indicar a ordem de preferência, universidade pretendida, turno e modalidade de concorrência, que pode ser ampla concorrência, cotas ou ações afirmativas. Durante o período em que as inscrições estiverem abertas, é possível alterar as opções. 

A seleção acontece com base na nota e no número de vagas ofertadas para as categorias escolhidas. Cada universidade pode colocar pesos diferentes para as notas, como no curso de medicina, por exemplo, em que a média mínima precisa ser de 560 pontos, com 400 em Ciências da Natureza. 

Um curso de letras pode dar mais importância para as notas de linguagens e redação do aluno, enquanto os cursos de outras áreas podem diminuir o peso delas. Por isso, a nota do aluno pode variar de um curso para outro. 

Uma vez por dia, durante o período de inscrições, o MEC divulga a nota de corte, que nada mais é do que a menor nota para ficar entre os candidatos selecionados. Esse cálculo é feito com base no número de vagas e na quantidade de estudantes inscritos. 

No dia da divulgação dos resultados, é possível acessar o portal e ver se você foi selecionado ou não. Se for aprovado na primeira opção, a segunda ficará indisponível.