Brasil adota vacina injetável contra poliomielite e encerra uso da dose oral

O Ministério da Saúde já enviou orientações para que estados e municípios estejam preparados para adotar a nova diretriz.


o Ministério da Saúde passou a substituir as doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), conhecida como gotinha, pela vacina inativada (VIP), que é injetável. A mudança busca alinhar o esquema vacinal brasileiro às práticas de países como Estados Unidos e várias nações europeias, além de aumentar a eficácia da imunização contra a pólio.

De acordo com o novo esquema, a vacinação infantil contra a poliomielite incluirá três doses injetáveis administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, com um reforço também injetável aos 15 meses. O Ministério da Saúde já enviou orientações para que estados e municípios estejam preparados para adotar a nova diretriz. As doses remanescentes da vacina oral, ainda lacradas em estoque, serão recolhidas pelo Ministério até o dia 31 de novembro.

Mesmo com a mudança, o personagem Zé Gotinha, símbolo da campanha de vacinação desde os anos 1980, permanecerá em ação. Segundo Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), o personagem continuará a desempenhar um papel fundamental na educação sobre a importância das vacinas e no combate à desinformação.

"A imagem do Zé Gotinha é um símbolo universal na missão de salvar vidas e segue como um aliado importante na conscientização das famílias brasileiras", afirmou Gatti.