Hospital Municipal em São José dos Campos lidera ranking de notificação e captação de órgãos

Em todo o Estado, o Hospital Municipal ocupa a terceira posição, atrás somente do Hospital das Clínicas de São Paulo e do Hospital de Base de São José do Rio Preto


O Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, unidade da Prefeitura de São José dos Campos gerenciada pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), encerrou o primeiro quadrimestre de 2018 na liderança do ranking em notificação e captação de órgãos dos hospitais que compõe a rede OPO (Organização de Procura de Órgãos) do Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas.

A OPO de Campinas abrange 129 municípios paulistas. Em todo o Estado de São Paulo, o Hospital Municipal ocupa a terceira posição, atrás somente do Hospital das Clínicas de São Paulo e do Hospital de Base de São José do Rio Preto.

No primeiro quadrimestre deste ano, houve 29 notificações e 10 doações efetivas no Hospital Municipal, com a captação de 49 órgãos, sendo 3 corações, 8 fígados, 19 rins, 18 córneas e 1 pâncreas. O índice de recusa familiar é de 18%, bem inferior à média do Estado de São Paulo (37%) e do Brasil (44%).

“A colocação nesse ranking reflete o trabalho da equipe, formada por médicos, enfermeiras e psicóloga, que começa dentro da UTI (Unidade de Tratamento Intenso), na identificação de possíveis doadores após a constatação da morte encefálica do paciente, e passa pela conscientização das famílias que enfrentam um momento de dor”, disse o neurocirurgião Rogério Xavier, médico coordenador da Comissão Intra Hospitalar de Transplantes do HM.

Na etapa seguinte a este processo, o hospital notifica a Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes de Campinas, que aciona a equipe médica responsável pela captação dos órgãos. Até a chegada da equipe responsável pela remoção, os médicos do HM realizam todos os procedimentos necessários para manutenção dos sinais vitais dos órgãos até a realização da cirurgia.

Rogério Xavier afirmou que, atualmente, para ser um doador, basta fazer a manifestação do desejo em vida para algum familiar. “A simples autorização da família já é suficiente para que o procedimento de remoção dos órgãos seja efetivado”, disse.