Termômetro e medidor de pressão com mercúrio serão proibidos a partir de 2019
Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi publicada hoje (22)
Uma publicação no Diário Oficial da União na edição de hoje (22) determina a proibição do mercúrio em serviços de saúde de termômetros e esfigmomanômetros (medidores de pressão arterial), em todo o território nacional. A proibição da fabricação, importação, comercialização e uso em serviços de saúde passa a valer a partir de janeiro de 2019.
Aprovada pela Anvisa a decisão envolve uma série de medidas para retirar do mercado materiais de saúde que utilizam mercúrio na composição – entre elas, a proibição do uso de mercúrio em termômetros e medidores de pressão corporal com coluna de mercúrio e o uso de mercúrio e liga de amálgama não encapsulado em odontologia.
A decisão também inclui a proibição do uso desses equipamentos em serviços de saúde, que deverão fazer o descarte dos resíduos sólidos contendo mercúrio conforme normas definidas pela própria agência (RDC nº 306/2004) e por órgãos ambientais estaduais e federais.
Segundo a Anvisa, a proibição dos termômetros e dos medidores de pressão com coluna de mercúrio atende a Convenção de Minamata, assinada pelo Brasil e por mais 140 países em 2013. O objetivo é eliminar o uso de mercúrio em diferentes produtos, como pilhas, lâmpadas e equipamentos para saúde.
Riscos à saúde humana e ao meio ambiente - Dados do Ministério do Meio Ambiente revelam que a exposição a 1,2 miligramas de mercúrio por algumas horas pode causar bronquite química e fibrose pulmonar em seguida.
Segundo a pasta, o mercúrio pode causar problemas ao sistema nervoso central e à tireoide, caso a exposição ao material ocorra por períodos longos.
Ainda de acordo com a agência, o impacto da contaminação do meio ambiente por mercúrio está ligado diretamente aos riscos provocados pela exposição ao mercúrio para a saúde humana.
Com informações da Agência Brasil
