Os cuidados com a alimentação do bebê são fundamentais para o seu desenvolvimento saudável. Como existem casos em que a amamentação natural não é possível, amamadeira é uma alternativa viável para suprir as necessidades nutricionais da criança. Com tantas opções no mercado, contudo, é preciso estar atento a alguns detalhes para escolher o modelo mais apropriado para cada fase dos pequenos.
É importante buscar recomendações de órgãos oficiais e fornecedores na hora de adquirir um produto para o bebê. A D'Or mais Saúde, por exemplo, destaca que a escolha da mamadeira ideal pode fazer toda a diferença para a saúde e bem-estar da criança.
Segundo especialistas, a mamadeira ideal deve ser escolhida de acordo com a etapa de desenvolvimento do bebê. Para os recém-nascidos, o recipiente deve ter um bico menor e mais macio, para que seja possível sugar com mais facilidade. Já para os bebês a partir dos três meses, o bico precisa ser mais rígido e um pouco maior, para que eles possam morder e fazer mais força ao sugar.
O tamanho da mamadeira também é um fator a ser considerado no momento da compra. Bebês mais novos costumam se alimentar em menor quantidade, por isso, o produto deve ter um tamanho menor. Já os bebês maiores precisam de mais quantidade de leite e a mamadeira mais adequada é maior.
Além disso, conforme o guia Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes, Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (IBFAN Brasil), o diâmetro do furo do bico vem na medida correta de fábrica. Assim, não é indicado alargá-lo ainda mais, já que isso aumenta o fluxo de passagem do alimento, podendo levar o bebê à asfixia.
Mamadeiras são itens regulamentados
Vale lembrar que um dos objetivos principais da NBCAL ao proteger a amamentação é "regulamentar a promoção comercial e orientar o uso apropriado dos alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bem como do uso de mamadeiras, bicos e chupetas". A promoção, a proteção e o apoio à amamentação e à alimentação complementar saudável surgiram para combater o marketing antiético de substitutos dessas práticas.
Por isso, para que itens como as mamadeiras sejam comercializadas, o Ministério da Saúde estabelece regras para o uso de suas embalagens e rótulos. As informações devem estar em língua portuguesa e as letras não devem ser inferiores a 1 milímetro. Além disso, são obrigatórias a identificação do nome do fabricante, importador ou distribuidor, do lote e da data de fabricação, e a apresentação do produto, conforme a Lei nº 8.078/90.
Essas medidas têm como objetivo garantir que os consumidores tenham informações claras e precisas sobre o produto que estão adquirindo, além de assegurar sua qualidade e origem. É importante que a oferta e apresentação do produto sejam feitas de forma ostensiva, para que o consumidor possa fazer uma escolha consciente.
O que observar na mamadeira antes de adquiri-la
As embalagens e rótulos dos produtos destinados aos bebês devem conter instruções necessárias para o uso correto, seguro e indicado do item, incluindo as orientações específicas.
Isso é fundamental para evitar riscos à saúde de bebês e crianças que utilizam esses produtos.
As instruções de uso incluem o cuidado de colocar chupeta, bico, mamadeira ou protetor de mamilo em água fervente antes de cada uso, por pelo menos 5 minutos. Integra a lista também a proibição de colocar laços ou fitas para prender os utensílios no pescoço, pois há risco de estrangulamento.
Recomenda-se ainda observar a chupeta ou bico antes de cada uso para verificar se há rasgos ou perfurações, descartando-os se estiverem danificados. Além disso, o rótulo deve informar que o furo do bico já está na medida exata e não deve ser aumentado, sob risco de provocar asfixia.
Outras instruções importantes são a de não mergulhar a chupeta ou bico em substâncias doces para prevenir cáries dentárias e a de não utilizar a mamadeira sem a supervisão constante de um adulto. Por fim, recomenda-se guardar a embalagem ou o rótulo para eventuais consultas.
É essencial, portanto, que fabricantes, importadores e distribuidores estejam atentos às normas e garantam que as embalagens e rótulos cumpram as exigências legais. Pais e responsáveis, por sua vez, também precisam seguir corretamente as instruções de uso. Dessa forma, todos contribuem para a proteção da saúde dos consumidores e para a promoção de uma alimentação infantil saudável e segura.