Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância
Conhecer as inovações nesse combate Informação e conscientização são alguns objetivos para antecipar diagnóstico de câncer infanto-juvenil e reduzir mortalidade da doença.
Anualmente, são diagnosticados no Brasil cerca de 12 mil novos casos de câncer infanto-juvenil no Brasil.
Quando o diagnóstico ocorre precocemente, as chances de cura dos pacientes chegam a 80%, mas para tal é fundamental o trabalho realizado anualmente no Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância.
Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância
O Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância, comemorado em 15 de fevereiro, foi criado pelo Childhood Cancer International (CCI) em 2001 com o objetivo de conscientizar e informar sobre o câncer infanto-juvenil que acomete crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos.
Trata-se da principal causa de mortalidade nessa faixa etária, sendo que os tipos de câncer mais comuns na infância incluem leucemias (câncer da medula óssea), linfomas (câncer do sistema linfático) e tumores no sistema nervoso central.
A ampla divulgação promovida no mês de fevereiro sobre o câncer infanto-juvenil contribui na informação de profissionais da saúde, pais e responsáveis, ajudando na identificação precoce que amplia as chances de cura.
Os sintomas manifestados pelas crianças e adolescentes incluem frequentemente:
palidez injustificada, sangramentos e hematomas;
dores ósseas;
caroços ou inchaços indolores;
fadiga, letargia e alterações de comportamento;
perda de peso;
febre;
dor de cabeça persistente;
vômito com agravo no passar dos dias;
alterações oculares;
inchaço abdominal;
tontura e perda de equilíbrio.
A manifestação isolada ou conjunta desses sintomas demanda uma avaliação pediátrica com urgência visando identificar as causas e confirmar o diagnóstico.
Quais avanços na saúde contribuem na luta contra o câncer infantil?
A conscientização e acesso à informação de qualidade é um aspecto central na proposta do Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância.
Além do acesso à informação, os avanços na Medicina e tecnologia estão contribuindo diretamente no diagnóstico, tratamento e prognóstico de crianças e adolescentes com câncer.
Equipamentos radiológicos
Os exames radiológicos cada vez mais precisos devido à tecnologia digital, incluindo a tomografia e a ressonância magnética, têm agregado diretamente no diagnóstico e tratamento do câncer.
Os exames de imagem permitem, por exemplo, a visualização de tumores sólidos para planejamento cirúrgico, sendo possível, por vezes, a ressecção completa do tumor.
Em outros casos, a radiologia contribui evitando procedimentos invasivos desnecessários. Por meio da biópsia é então possível realizar o diagnóstico histopatológico e definir o tratamento quimioterápico com maior adequação.
Os exames radiológicos ainda são usados no monitoramento de tumores, viabilizando mapear a resposta ao tratamento oncológico.
Nanocarregadores
Ainda com uso recente na Medicina estão os nanocarregadores que começam a ser usados em tratamentos oncológicos.
Os nanocarregadores, também chamado de drug delivery, faz a veiculação de fármacos de maneira mais eficiente visando que os medicamentos usados sejam direcionados principalmente às células cancerígenas.
Ao se acumular no tumor, os nanocarregadores promovem o aumento da vascularidade e captação de novas nanopartículas.
Com o uso dos nanocarregadores no tratamento do câncer o objetivo é aumentar a eficiência no emprego dos fármacos, reduzir os efeitos colaterais e os danos às células saudáveis adjacentes ao tumor.
A área ainda demanda mais estudos, o que permitirá escolhas mais acertadas de nanocarregadores, assim como personalização da combinação de quimioterápicos.
Telemedicina
Durante e após o tratamento oncológico de crianças e adolescentes, um dos desafios é o monitoramento dos pacientes e também a disponibilidade de profissionais qualificados.
A telemedicina contribui nessas duas áreas, pois permite diretamente o acompanhamento de pacientes mesmo em casa, aumentando o conforto ao ampliar o tempo com os familiares em detrimento de períodos de internação e em ambiente hospitalar.
Com isso, o monitoramento do paciente, mesmo com sinais vitais, pode ser realizado com suporte da tecnologia, incluindo os dispositivos vestíveis que coletam e transmitem informações como batimentos cardíacos, saturação sanguínea, pressão arterial, temperatura e outras.
Outro aspecto relevante que é uma pauta do Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância é o acesso das crianças e adolescentes aos profissionais especializados.
Por meio da telemedicina, mesmo pacientes que moram em regiões mais isoladas e com menor infraestrutura podem ter acesso aos especialistas e suporte de ponta dos grandes centros urbanos.
A proposta é essencial na difusão universal do acesso à saúde de qualidade e redução da mortalidade do câncer infanto-juvenil.
Um exemplo de como a telemedicina é aplicada nesse contexto é por meio do telecomando onde profissionais orientam a realização de exames de alta complexidade como tomografia e ressonância magnética à distância.
Com isso, os pacientes podem ter acesso aos serviços médicos localmente, mesmo em regiões com indisponibilidade de mão de obra especializada e reduzir os deslocamentos durante o tratamento oncológico, o que é fundamental na qualidade de vida, bem-estar e convívio familiar do paciente.
Portanto, o diagnóstico precoce e redução da mortalidade do câncer infanto-juvenil são metas do Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância e dos profissionais que atuam nessa área.