Brasil e Chile devem assinar acordo de livre comércio em novembro

Para que o acordo possa ser posto em prática, os termos do tratado ainda precisam ser ratificados pelo parlamento dos dois países

Acordo de livre mercado a ser fechado com o Chile é o mais amplo já negociado no país (Foto : Arquivo AgoraVale)O acordo de livre comércio entre Brasil e Chile poderá ser assinado no mês que vem, segundo informou nesta terça-feira (23) o diretor do Departamento de Integração Econômica Regional do Ministério das Relações Exteriores, ministro Michel Arslanian Neto. Na sexta-feira (19), foram concluídas, em Santiago, as negociações para o documento.

Um tratado de livre-comércio é um acordo internacional em que as nações praticam o câmbio livre, ou seja, sem restrições protecionistas nem taxas alfandegárias. De acordo com o ministro Arslanian Neto, esse acordo com o Chile representa o mais amplo em matéria não tarifária já negociado pelo país.

No entanto, para que o acordo possa ser posto em prática, os termos do tratado ainda precisam ser ratificados pelo parlamento dos dois países para entrar em vigor.

Parâmetro - Segundo o diplomata brasileiro, o acordo poderá servir de parâmetro para futuras negociações do Mercosul com o Canadá e com a Aliança do Pacífico, por exemplo. “Há expectativa de que se criem efeitos multiplicadores na região e para além”, completou.

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) é composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e tem como estados associados Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname. A Bolívia está em processo de adesão ao bloco. A Aliança do Pacífico reúne Chile, Colômbia, México e Peru.

Segundo o Itamaraty, o novo acordo incluirá 17 temas de natureza não tarifária, como comércio de serviços; comércio eletrônico; telecomunicações; medidas sanitárias e fitossanitárias; obstáculos técnicos ao comércio; facilitação de comércio; propriedade intelectual; e micro, pequenas e médias empresas.

Com informações da Agência Brasil