Dívida pública sobe ainda mais e atinge R$ 3,785 trilhões em agosto

A dívida pública corresponde ao endividamento interno e externo do país


A Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, divulgou nesta segunda-feira (24) que a Dívida Pública Federal subiu DPF de 0,98% e passou de R$ 3,748 trilhões em julho para R$ 3,785 trilhões em agosto.  Segundo o Tesouro, o déficit avançou por conta da apropriação positiva de juros, no valor de R$ 42,71 bilhões, descontado parcialmente pelo resgate líquido de títulos, que somam R$ 5,88 bilhões.

A dívida pública corresponde ao endividamento interno e externo do país e é por meio dela que o governo pega recursos emprestados dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.

Para Luis Felipe Vital, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, as operações do mês de agosto foram marcadas pelo mercado volátil, tanto no cenário externo em relação aos emergentes, causado pelas crises da Argentina e Turquia, quanto no mercado doméstico, por causa do cenário eleitoral.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) – em circulação no mercado nacional, que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais – teve o estoque ampliado em 0,65%, ao passar de R$ 3,607 trilhões para R$ 3,630 trilhões, devido a apropriação positiva de juros, no valor de R$ 28,92 bilhões, compensada, em parte, pelo resgate líquido de R$ 5,56 bilhões.

Em agosto, os maiores detentores da dívida pública eram os Fundos de Investimento, com 26,28% da dívida, alcançando R$ 954,30 bilhões.

O grupo Previdência ficou em segundo lugar, com uma participação relativa de 25,11% e variação positiva em seu estoque, passando de R$ 886,60 bilhões para R$ 911,87 bilhões, entre julho e agosto.

Em seguida, estão as instituições financeiras com 22,88%, grupo que também aumentou o estoque em R$ 19,81 bilhões, chegando a R$ 830,82 bilhões. Já o governo possui 4,07% da dívida pública; as seguradoras, 3,94%; e outros, 5,79%.

Os investidores estrangeiros, por sua vez, apresentaram queda de R$ 20,62 bilhões em seu estoque e concentraram 11,92% da dívida. De acordo com Vital, as condições de volatilidade do mercado e a aversão ao risco estimulam o fluxo de saída de investidores não residentes no país.

Com informações da Agência Brasil