Economia deve crescer 0,7% neste ano, estima Banco Central

Na visão do BC , a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) tem causado surpresas agradáveis


Com previsão de crescimento na economia, consumo deve voltar a crescerCom previsão de crescimento na economia, consumo deve voltar a crescer (Foto : AgoraVale)A economia brasileira deve crescer 0,7% ainda este ano, segundo a projeção feita pelo Banco Central (BC). Ajustados de 0,5%, estimativa de junho, para 0,7%, de acordo com o Relatório de Inflação, esses novos dados foram divulgados hoje (21), no site do BC. Para o Banco Central, indicadores recentemente divulgados têm mostrado “surpresas positivas, ensejando perspectivas favoráveis para o crescimento da atividade”.

Na visão do BC , a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, tem causado surpresas agradáveis. O relatório diz que “A revisão positiva reflete, principalmente, o desempenho do PIB no segundo trimestre, superior à mediana das expectativas do mercado”, diz o relatório.

O crescimento do PIB é puxado pelo setor agropecuário. A projeção do crescimento anual da agropecuária passou de 9,6% para 12,1%. A projeção para a evolução da atividade industrial no ano passou de crescimento de 0,3% para recuo de 0,6%, refletindo, principalmente, o menor desempenho na construção civil.

O relatório hoje divulgado em Brasília também traz a perspectiva de crescimento do setor de serviços, que deve apresentar desempenho ligeiramente melhor do que o previsto anteriormente (expansão de 0,1% na comparação com redução de 0,1%).

Com esse cenário mais promissor, o BC também projeta aumento do consumo das famílias em 0,4%. A previsão anterior era de estabilidade. Segundo o relatório, essa revisão ocorreu “em função da expressiva desinflação e seu impacto na renda, além de melhora de indicadores no mercado de trabalho – particularmente do rendimento real [descontada a inflação] e, mais recentemente, da ocupação – e de crédito para pessoas físicas”.

O relatório do Banco Central lembra que “houve também o efeito temporário positivo dos saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”. A estimativa para a queda no consumo do governo passou de 0,6% para 1,8%.