Fiesp diz que indústria paulista abriu mil postos de trabalho em julho
Segundo os dados, o ritmo abaixo do esperado da recuperação da economia, ao lado da repercussão da greve dos caminhoneiros, explica o menor número de vagas criadas
A Pesquisa de Nível de Emprego divulgada hoje (17) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)apontou que a indústria paulista de transformação ofertou 1.000 vagas no mês de julho em relação a junho. A pesquisa mostrou ainda que no acumulado do ano a geração de novos postos de trabalho totalizou 17.000 vagas.
no entanto, o resultado positivo representa um número é inferior à média histórica de contratação para o período, que é de 43.000 novos postos de trabalho. Na avaliação sobre julho, considerando o ajuste sazonal, a taxa é de -0,1%, segundo a pesquisa. A variação de 0,04% mostra estabilidade e é o melhor resultado para o mês de julho desde 2013, de acordo com as entidades.
Na opinião do presidente da Fiesp em exercício João Guilherme Sabino Ometto, e do presidente em exercício Ciesp, José Ricardo Roriz é preocupante o longo tempo sem gerar emprego e com baixo investimento.
"Não há fato novo que faça prever melhora do emprego até o final do ano. Nos últimos dez anos, somente em um deles, 2010, houve criação de empregos. Isso é muito ruim, porque a indústria sempre foi a mola propulsora do desenvolvimento de São Paulo.
Segundo os dados, o ritmo abaixo do esperado da recuperação da economia, ao lado da repercussão da greve dos caminhoneiros, explica o menor número de vagas criadas. “Há cautela entre os empresários, provocada pela incerteza em relação ao custo do frete rodoviário e à eleição de outubro.”
Dos 22 setores industriais pesquisados, 11 contrataram mais do que demitiram, 3 ficaram estáveis e 8 cortaram vagas. O destaque entre os que contrataram funcionários ficou com o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, com 1.585 vagas em julho. No setor de máquinas e equipamentos foram criados 1.311 postos de trabalho e em produtos diversos, 1.252.
No sentido contrário, aparecem o setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios, que fechou com 2.738 vagas, e produtos alimentícios, que registrou redução de 664 postos de trabalho.
