O Déficit no Varejo deve ser de R$ 750 milhões em abril

Na RM Vale




Estudo do Sincovat revela que desempenho do comércio na região deve ser similar ao visto em abril do ano passado.

Após 15 dias na fase emergencial, a RM Vale está de volta à fase vermelha do Plano São Paulo, pelo menos até o dia 18 de abril. Com a medida, o comércio da região considerado não essencial, continua fechado, o que está causando um prejuízo diário no varejo de R$ 25 milhões, segundo o Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região).

A pesquisa da entidade, realizada através dos dados da PCCV (Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista - FecomercioSP) mostra que o faturamento bruto corrente do varejo da DRT (Delegacia Regional Tributária) de Taubaté, composta pelos 39 municípios que compõem o Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte,  pode sofrer perda de até R$ 750 milhões no mês de abril, um recuo de 25,1% em relação ao desempenho normalmente (antes da pandemia) existente para este mês do ano.

A projeção feita corresponde ao mesmo cenário observado em abril de 2020, quando comparada ao quarto mês de 2019. No ano passado,  o faturamento bruto corrente do varejo da região atingiu no mês de abril os R$ 2,234 bilhões. Em 2019, para o mesmo mês, o faturamento foi de R$ 2,982 bilhões. Com valores atualizados para preços de janeiro de 2021, a perda seria de R$ 750 milhões.

"Os lojistas fizeram tudo o que lhe cabiam para garantir que a sua atividade não se enquadrasse como um local de contaminação. O número de casos e mortes só aumentou na fase emergencial, provando que não é o comércio o foco das aglomerações e do contagio. As empresas precisam voltar ao trabalho. Não podemos esperar mais", explica Dan Guinsburg, presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP.

Mantendo a perspectiva de queda de 25,1% nas receitas do setor, a redução média prevista às atividades não essenciais, como autopeças, concessionárias de veículos, lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, lojas de móveis e estabelecimentos de vestuário, tecidos e calçados pode chegar a 77% em relação ao movimento normal de um mês de abril.

"Depois que reabrirmos teremos um outro agravante que é  a realidade financeira da população. As vendas serão fracas, pois há uma conjuntura mais perversa, após um ano de pandemia, com inflação, desemprego e juros em ascensão", comenta Dan.