Queda nas exportações provoca baixo superávit da balança comercial em nove anos,

pesar do saldo ser positivo, o valor é 40,8% inferior ao de julho de 2018


Julho apresentou expressiva baixa no saldo da balança comercial brasileira , segundo informou o boletim Focus, do Banco Central. A queda nas exportações de commodities, principalmente petróleo e soja, foi o principal fator do mais baixo superávit em nove anos para meses de julho. O país exportou US$ 2,293 bilhões a mais do que importou no mês passado.

Apesar do saldo ser positivo, o valor é 40,8% inferior ao de julho de 2018. Desde 2010, o saldo não registrava níveis tão baixos para o mês. Tanto as exportações como as importações caíram no mês passado. Em julho, o país vendeu US$ 20,054 bilhões para o exterior, com recuo de 14,8% pelo critério da média diária em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações somaram US$ 17,761 bilhões, redução de US$ 8,9% na mesma comparação.

Importante destacar que a balança comercial acumula superávit de US$ 28,369 bilhões nos sete primeiros meses do ano, valor que é, entretanto,  16,3% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. As exportações somam US$ 129,896 bilhões, retração de 4,7% na comparação com o mesmo período de 2018 pela média diária. As importações totalizam US$ 101,527 bilhões, recuo de apenas 0,9% pelo mesmo critério.

"Sozinhos, esses dois produtos responderam por 57% da queda do superávit comercial", destacou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão. De acordo com ele, a maior parte da queda do saldo em julho é explicada pela soja, cujo valor exportado caiu 34,6% em relação ao mesmo mês de 2018, e pelo petróleo, cujas vendas recuaram 61,2% na mesma comparação.

Brandão disse ainda que, em relação ao petróleo, a desaceleração da economia mundial está reduzindo a demanda global por combustíveis. Sobre a soja, ele explicou que problemas sanitários estão reduzindo a produção de carne suína na China, impactando a demanda do país asiático pela soja brasileira, usada na alimentação dos porcos.

Com informações da Agência Brasil