O Botafogo mostrou disciplina e entrega na noite da última quinta-feira (19) para conquistar uma vitória emblemática por 1 a 0 sobre o Paris Saint-Germain (PSG), atual campeão da Liga dos Campeões, que vinha de uma goleada por 5 a 0 sobre a Inter de Milão e 4 a 0 sobre o Atlético de Madrid no Mundial de Clubes. O autor do gol da histórica vitória foi Igor Jesus, que balançou as redes no Rose Bowl Stadium, em Pasadena, Califórnia, palco da partida válida pelo Grupo B do torneio da Fifa.
Um time sul-americano não vencia uma equipe europeia em competições oficiais desde 2012, quando o Corinthians foi campeão mundial vencendo o Chelsea por 1 a 0, com gol de Paolo Guerrero. Além de encerrar esse longo jejum continental, o grupo comandado pelo técnico Renato Paiva alcançou seis pontos, assumindo a liderança da chave, já que havia vencido o Seattle Sounders na estreia.
A classificação ainda não está garantida, pois tanto o PSG quanto o Atlético de Madrid, ambos com três pontos, podem chegar aos seis na última rodada. No entanto, a vaga está muito próxima. O próximo desafio do time alvinegro será justamente contra os espanhóis do Atlético de Madrid, em partida marcada para as 16h (horário de Brasília) desta segunda-feira.
O time comandado por Renato Paiva se ajustou após os primeiros 15 minutos e passou a sofrer menos defensivamente. Marcar o georgiano Kvaratskhelia continuava sendo um problema, mas os demais setores estavam bem protegidos por uma equipe carioca intensa e disciplinada taticamente. Com sucesso em fechar os espaços, o goleiro John teve pouco trabalho durante boa parte do jogo.
O maior desafio do Botafogo era manter o nível de intensidade para continuar neutralizando os adversários. Além disso, a equipe esperava por uma chance no contragolpe, e ela veio: após bola enfiada de Savarino, Igor Jesus abriu o placar, em lance decisivo.
Com a vantagem no placar, o time voltou mais confiante do intervalo e passou a arriscar mais, chegando a levar perigo à defesa parisiense. Mesmo assim, não chegou a dominar ofensivamente e continuou a fazer esforço para se proteger das eventuais investidas do PSG.
Do lado europeu, o técnico Luis Enrique, insatisfeito com o desempenho da equipe, realizou quatro substituições: Fabián Ruiz e João Neves entraram nas vagas de Hernández e Saire-Emery, enquanto Nuno Mendes e Barcola substituíram Mayulu e Gonçalo Ramos. No entanto, as mudanças não surtiram o efeito esperado.
Nos minutos finais, o PSG se manteve presente no campo de ataque, mas com pouca organização tática. Os chutes de fora da área tornaram-se a principal alternativa para buscar o empate, que não veio.