A dois meses do fim do prazo, 1,85 milhão de trabalhadores registrados em carteira e que recebem até dois salários mínimos ainda não sacaram o abono salarial de 2016. Segundo o Ministério do Trabalho, esse número representa 7,35% do total dos beneficiários, parcela que ainda tem R$ 1,36 bilhão em depósito para receber.
O ministério ressalta que, quem não retirar o dinheiro perderá o benefício. O prazo para o saque originalmente acabaria em 29 de junho, mas o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) prorrogou a data para 28 de dezembro..
Tem direito ao abono salarial ano-base 2016 quem estava inscrito no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos, trabalhou com carteira assinada pelo menos 30 dias em 2016, recebendo até dois salários mínimos.
Também é preciso ter os dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) para receber o abono salarial. O montante destinado a cada trabalhador depende do tempo de trabalho formal em 2016.
O valor começa em 1/12 do salário mínimo para quem trabalhou por apenas 30 dias, aumentando a cada mês trabalhado até atingir, em 12 meses, o salário mínimo cheio (R$ 954).
O abono salarial fica pelo menos dois anos disponível para saque. Depois desse prazo, o dinheiro retorna ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e o empregado perde direito ao benefício.