Privatizada, Cesp pertence agora ao Consórcio São Paulo Energia
A companhia opera, no total, com três usinas hidrelétricas, sendo duas no Vale do Paraíba: Jaguari e Paraibuna
Um processo que teve início em 2016 e estava enroscado na justiça teve conclusão na última semana, com a desestatização da Cesp (Companhia Energética do Estado de São Paulo) no último dia 19. O vencedor do leilão é o Consórcio São Paulo, formado pelo fundo de pensão canadense, Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), em parceria com a Votorantim Energia, representado pela corretora SLW.
A companhia opera, no total, com três usinas hidrelétricas: Jaguari e Paraibuna no Vale do Paraíba e Porto Primavera. Juntas, somam 1.654,6 MW de capacidade instalada e 1.056,6 MW de garantia física de energia. Ao todo, são 18 unidades geradoras envolvidas na operação.
Uma liminar da Justiça Federal em Presidente Prudente suspendia o processo de renovação do contrato da hidrelétrica de Porto Primavera, a principal da Cesp, mas uma decisão judicial tornou nula a liminar. A ação foi movida por moradores do município de Rosana, onde fica a sede da hidrelétrica, sendo, portanto, os mais impactados por ela.
A proposta lançada foi de R$14,60 por ação, representando ágio de 2,09% sobre o preço mínimo estabelecido no edital. Foram ofertadas 116.450.219 (cento e dezesseis milhões quatrocentos e cinquenta mil e duzentos e dezenove) ações, no valor mínimo de R$14,30.
Na visão do governo, embora a decisão judicial que foi derrubada não impedisse a privatização da companhia, poderia desestimular os investidores. O secretário estadual da Fazenda, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho comentou sobre o recurso que reforça o tesouro do Estado.
"Há 22 anos o Estado iniciou o processo de reestruturação do setor elétrico paulista, concluído agora de forma bem sucedida com a privatização do controle da CESP, por R$ 1,960 bilhão. O grupo vencedor tem um fundo de pensão de 356 bilhões de dólares de patrimônio, portanto é bastante sólido. Eles investiram em um ativo saudável e bem gerido pelo governo de São Paulo".
Fonte: Secretaria da Fazenda-SP
