O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) tem hoje 504 cargos vagos em seções espalhadas pelas suas áreas de abrangência, segundo o próprio órgão. Na última vez que o tribunal mediu a vacância de posições, em abril, eram 40 a menos. Ainda de acordo com a própria instituição, a Seção Judiciária do Estado de São Paulo, com um déficit de 325 servidores, e a sede, na Avenida Paulista, em São Paulo, com 160 pessoas a menos, são os piores casos.
O TRF3 é um órgão de segundo grau da Justiça Federal e atua sobre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
No Estado de São Paulo, de acordo com o jornal Folha Dirigida, especializado no setor, havia uma vacância de 189 técnicos e 111 analistas há três meses, enquanto a sede paulistana tinha um déficit de 110 técnicos e 35 analistas. "Temos uma carência grande de servidores, sem possibilidade de novas nomeações", admitiu a presidente do tribunal, Therezinha Cazerta, em reunião recente com membros do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Sintrajud).
No final de julho, dias após o Executivo dar aval para a realização do concurso TRF3, o tribunal formou uma comissão especial para avaliar as condições orçamentárias e estudar os processos de realização do certame, além de escolher a banca organizadora. Os cargos, porém, já foram definidos: serão contratados Técnicos Judiciários (área administrativa e área informática) e Analistas Judiciários (área judiciária e área informática). De acordo com a Folha Dirigida, será ao menos uma vaga imediata para cada cargo.
Os salários previstos para os cargos, levando em conta o Portal da Transparência, são de R$ 8,5 mil para Técnicos Judiciários de nível médio e/ou técnico e R$ 13,3 mil para Analistas Judiciários, com nível superior em Direito e Informática, dependendo da área. O último concurso do TRF3 aconteceu em 2013, quando 250 vagas foram preenchidas em São Paulo e no Mato Grosso do Sul.