Veja quais aparelhos elétricos são verdadeiros vilões da conta de luz e do seu bolso

As constantes mudanças tarifárias obrigam população a rever hábitos e racionar uso de aparelhos domésticos


Economizar energia elétrica é uma necessidade hoje em dia. Os reajustes tarifários e a constante falta de energia obrigam o consumidor a buscar alternativas para pagar menos na conta e também fazer sua parte frente ao desafio climático que enfrentamos, consequência direta da falta de chuvas. O Brasil passou por uma de suas piores crises hídricas em 2021, o que resultou no desabastecimento das hidrelétricas e fez com que as usinas termelétricas fossem acionadas, mais poluentes e mais caras também. O resultado foi de contas mais elevadas - puxadas pela tarifa de escassez hídrica -, impacto que refletiu na inflação.

Em vista desse cenário, racionar o uso de energia elétrica é uma tarefa mandatória para todos. E a principal forma de economizar é conhecer exatamente onde está a raiz dos gastos. Invariavelmente, o problema passa pelos aparelhos domésticos. Saber quais são os verdadeiros vilões da conta e mudar seus hábitos de uso é a forma prática de não ter surpresas no final do mês. 

Um desses vilões bastante conhecidos é o chuveiro elétrico. Devido à sua potência, um uso de 30 minutos diários resulta em um consumo mensal de 88 kwH, o que pode significar mais de R$ 70 na conta. Buscar um modelo com potência menor, tomar banhos mais curtos e em temperatura mais baixa, principalmente nos meses mais quentes do ano, são modos de economizar no banho. 

Outro eletrodoméstico bastante responsável pelo alto consumo é a geladeira. Fundamental para a conservação dos alimentos, a geladeira fica 24h ligada à eletricidade, e é isso que faz dela uma vilã para a conta de luz. Ao comprar uma, certifique-se de levar um modelo adequado às suas necessidades. Uma geladeira vazia consome mais energia do que uma mais cheia. Além disso, manter a porta muito tempo aberta também gasta energia, assim como seu abre e fecha constante. Conferir as vedações da porta e não colocar alimentos quentes dentro dela são maneiras de evitar também que ela trabalhe mais do que o normal.

Embora não esteja presente em todos os lares brasileiros, é sabido que o ar-condicionado é o maior consumidor de energia elétrica. O fato é que muito de seu gasto se deve à má adequação ao cômodo onde está instalado, o que acaba prejudicando sua eficiência energética. Ainda assim, seu consumo é bastante alto, podendo chegar a quase 700 kwH mensais, se usado diariamente por 8 horas, em média. O ideal é buscar sempre o aparelho melhor dimensionado para sua necessidade e aqueles que possuam selos que identifiquem que o aparelho é econômico. Modelos com a tecnologia "inverter", embora sejam mais caros, são mais econômicos. Mantenha a manutenção do seu aparelho sempre em dia, e dê preferência que seja feita por um profissional qualificado.

Atente-se para equipamentos ligados na tomada, em stand-by. Forno micro-ondas e televisores, por exemplo, consomem energia mesmo sem estarem em uso, assim como carregadores de celular. Para esquentar comida, prefira usar o fogão ao micro-ondas. O cooktop, embora requintado, também tem consumo elevado, principalmente com todas as bocas em uso. Agora, se sua ideia é ver a conta bastante reduzida, uma opção pode ser pela instalação de energia solar. A geração fotovoltaica através de painel solar é uma maneira interessante de obter economia, independência na geração de energia elétrica e contribuir com o meio ambiente.