Em menos de um mês, nos deparamos com três casos cruéis de violência contra adolescentes em nossa região, sendo dois em Taubaté e um em Pindamonhangaba, e todos eles tiveram um motivo em comum, o término do namoro.
Na última quinta-feira, uma jovem de 19 anos foi brutalmente assassinada na frente do pai em Pindamonhangaba. Juliana Fernandes Cândido, que sonhava em ser enfermeira, levou tiros na cabeça e nas costas quando saía do colégio técnico em que estudava. O ex-namorado não aceitava o fim do relacionamento e atirou a queima-roupa.
No fim de semana, Tayane Caldas, de 18 anos, moradora de Taubaté, teve o rosto tatuado pelo ex-companheiro, que inclusive descumpriu duas medidas protetivas da garota, que disse ter sido agredida outras vezes.
E no dia 14 de maio, Isabele Pereira, de 16 anos quase foi morta em Taubaté quando conversava em um grupo de amigos e foi atacada e levou tiros e chutes na cabeça, mas por sorte sobreviveu.
Infelizmente a violência entre namorados adolescentes tem crescido ano após ano e já é considerada um problema de saúde pública, não só no Brasil como em diversos países. Segundo pesquisas realizadas por especialistas, a incidência da agressividade entre os jovens se assemelha entre os países do Canadá 24%, Espanha 24,3% e Brasil em 24,1%.
No caso do Brasil, um estudo feito em dez capitais brasileiras, a violência física é realizada principalmente pelo menino, onde o comportamento de agressão tem como gatilho ciúmes doentio, infidelidade, possessividade e sentimento de vingança após o termino do relacionamento.
Por este motivo, é importante a família ficar atenta ao círculo de amizades, mudança de atitudes, alteração repentina de humor entre outros. Segundo pesquisadores, é importante trabalhar o jovem desde pequeno, fazendo-o conhecer e refletir sobre as consequências de certos comportamentos e atitudes, para que saiba canalizar adequadamente a raiva, o tédio, a tristeza, a euforia e a frustração que vai experimentar nessa montanha-russa chamada adolescência.