Consumidores procuraram o Procon-SP para reclamar sobre problemas com compras ou contratações de serviços ligados à Black Friday 2022, data promocional que aconteceu na última sexta-feira de novembro (25/11). Foram mais de 1900 reclamações registradas até a manhã do dia 01/12.
As principais reclamações foram por atraso ou não entrega do produto adquirido (713 queixas, 37% do total); pedido cancelado após finalização da compra (251 queixas, 13% do total); produto ou serviço entregue diferente, incompleto ou com algum tipo de dano (224 queixas, 12% do total); produto ou serviço indisponível (158 queixas, 8% do total); e maquiagem de desconto, com produtos ou serviços constando como promocionais mas custando o mesmo valor ou até mais do que antes da Black Friday (149 queixas, 8% do total).
O órgão de defesa registrou ainda 269 consultas e orientações por meio das redes sociais. Com isso, totalizou 2.179 comunicações com os consumidores.
Entre as empresas mais citadas no período ficaram: Magazine Luiza (9,53% das queixas); B2W/Americanas.com/Submarino/Shoptime/Sou Barato/Lojas Americanas (6,18%); Via/Casas Bahia/Pontofrio/Extra.com.br (6,07%); Centauro (4,61%); e Carrefour (3,56%).
Orientações para quem comprou itens na Black Friday
O Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor orienta a adoção de procedimentos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Para aquele consumidor que comprou pela internet ou via telefone e ao receber o produto constatou discrepância com o produto anunciado, como a cor, tamanho ou outras especificidades, ou até mesmo não gostou do que recebeu, o prazo de arrependimento é de sete dias.
Se o item apresentar defeito, o comerciante tem até 30 dias para enviar o produto para a assistência técnica especializada. Caso não o faça nesse prazo, o consumidor conta com três opções: abatimento proporcional do preço em relação ao defeito; devolução integral do valor ou substituição do produto por outro da mesma espécie ou valor.
A orientação é para que antes de procurar o Procon, o cidadão contate o gerente do local ou canais de relacionamento da empresa para tentar solucionar o caso de forma amigável. O Abri.com.br é um excelente canal para buscar os contatos das empresas. Se não conseguir o suporte necessário, aí sim deve-se procurar o órgão para registrar a denúncia e fazer a abertura dos procedimentos cabíveis.
Atendimento presencial
O Procon-SP atende presencialmente no Poupatempo Sé, Santo Amaro, Itaquera e nos postos avançados que ficam no 8º DP (R. Sapucaí, 206, Brás, São Paulo), no 27º DP (R. Demóstenes, 407, Campo Belo, São Paulo) e no 50° DP (R. Tibúrcio de Sousa, 760, Itaim Paulista, São Paulo). Para denúncias ao Procon Racial, o consumidor também pode procurar o Posto Avançado Zumbi dos Palmares (Av. Santos Dumont, 843, Bom Retiro, Metrô Armênia, São Paulo).
Para o Atendimento Pessoal é preciso apresentar o RG do consumidor ou do seu representante legal, além de cópia da documentação relacionada ao caso.
A reclamação será registrada no nome que consta no contrato, na nota fiscal ou cupom fiscal. Porém, é possível indicar um procurador. No caso da reclamação ser aberta por procurador, este deverá apresentar seu RG e uma procuração simples (não é preciso reconhecer firma).
Para fins de monitoramento interno, o Procon-SP disponibilizou um canal específico para o registro destas reclamações desde o dia 11 de novembro, já que o varejo costuma anunciar as promoções desde o começo do mês.
O atendimento telefônico do Procon (151) está suspenso.