"Na farra é que a vida tem graça", primeiro e inédito álbum da banda Los Cunhados, terá lançamento online no dia 26 de fevereiro, às 00h, em todas plataformas digitais. O projeto celebra o carnaval de São Luiz do Paraitinga com 12 faixas autorais, incluindo canções com a participação de compositores regionais e a interpretação de Paulinho Boca de Cantor, do grupo Novos Baianos. O projeto tem financiamento da Secretaria da Cultura do Estado pelo ProAC - Programa de Ação Cultural.
Mantendo viva a tradição das marchas carnavalescas, em seu primeiro álbum, a banda Los Cunhados traz um repertório essencialmente autoral e reflete sobre a riqueza e diversidade das marchinhas luizenses. Com canções inéditas e participação de compositores como Netto Campos, Marco Rio Branco e Thar, o trabalho evoca a cultura local numa construção estética e histórica, propondo o encontro de gerações e inventando seu próprio universo. Segundo os integrantes, "O projeto traz uma poética que se alimenta das próprias raízes na cidade, sua musicalidade, sua geografia, seu folclore e seus personagens. E, alinhando a isso, o que acontece na música brasileiras nos últimos anos".
PARCERIAS: A parceria com Paulinho Boca de Cantor, da banda Novos Baianos, poderá ser conferida na faixa "Tudo Vira Fome". A relação do artista coma cidade teve início na década de 80, com a gravação da marchinha "Prise e Prazer", de Marco Rio Branco. Sua participação com o grupo Los Cunhados procura reconectar Paulinho com o carnaval luizense e a nova geração de músicos da cidade.
A BANDA: Criada em 2014, Los Cunhados propõe criar pontes entre a cultura popular de São Luiz e a música pop produzida no país, incorporando à marcha tradicional elementos da MPB tropicalista e da música latina. A banda se tornou uma das principais expressões da cultura regional do interior de São Paulo, tendo reunido mais de 20 mil pessoas em shows no Vale do Paraíba. Ainda em 2016 se classificou entre as 10 melhores bandas do país pelo Festival Internacional Imagine Brazil, maior concurso de música jovem do mundo.
"Na farra é que a vida tem graça", primeiro e inédito álbum da banda Los Cunhados, terá lançamento online no dia 26 de fevereiro, às 00h, em todas plataformas digitais. O projeto celebra o carnaval de São Luiz do Paraitinga com 12 faixas autorais, incluindo a participação e a interpretação de Paulinho Boca de Cantor, do grupo Novos Baianos.
Nesta parceria Paulinho fala sobre sua conexão com o carnaval de São Luiz e maturidade e o encontro com a banda Los Cunhados, confira:
Você acompanhou a juventude da sua geração em um momento onde a produção musical foi reflexo de movimentos libertários. Como é vivenciar isso na maturidade, com as novas gerações que vêem nas marchinhas essa mesma força?
Vivi ativamente momentos marcantes que mudaram o mundo. Costumo dizer que fizemos o mundo caminhar 500 anos em 5. Acabamos com os dogmas reacionários, pregamos a ideia "paz e amor", a diversidade, a liberdade e deixamos um caminho aberto para que novas gerações continuassem a revolução e a mudança de comportamento.
Fico feliz de ver movimentos brotando, trazendo frescor, suavidade e alegria nesse momento, aliviando a dureza desse mundo enlouquecido. Precisamos muito dessa energia do "Los Cunhados" perpetuando não só as marchinhas, mas afirmando que no carnaval, no prazer, nas farras, nas diferenças a vida tem graça.
O encontro com o carnaval de São Luiz do Paraitinga aconteceu nos anos 80. Como é retornar à festividade luizense após quatro décadas?
Tenho uma ligação afetiva com São Luiz do Paraitinga, bem como uma admiração muito grande pela cultura, pela musicalidade e pelos artistas que não param de surgir no cenário local. Sou um carnavalesco baiano que sempre acompanho e fico esperando ansioso para participar do carnaval colorido e democrático, como o de São Luiz.
Como foi a parceria com a banda Los Cunhados e o que o folião que ama carnaval pode esperar do álbum "Na Farra é que a Vida tem Graça"?
Um prazer, uma alegria imensa participar do novo trabalho do "Los Cunhados". Álbum vibrante, alegre e que mostra que, apesar desse momento louco que o mundo atravessa, vai ter sempre espaço para o novo, para a criatividade. É disso que estamos precisando. É disso que o mundo precisa. Até porque é na farra que a vida tem graça mesmo.