Músicos de mão cheia e carregados de tradições da vida caipira, Oliveira Fontes e o filho, Edson Fontes, da cidade de Tanabi (SP), serão os protagonistas do terceiro encontro virtual do projeto Dialogando com o Folclore 2021, na próxima segunda-feira (19), a partir das 19h30, com transmissão pelo Google Meet. Para participar deste bate-papo é só fazer a inscrição AQUI.
O tema do projeto, este ano, destaca a 'Transmissão de Saberes - Pontes entre tradição e atualidade'. Segundo a pesquisadora do Museu do Folclore, Tiane Tessaroto, "a cultura caipira possui uma linguagem própria tanto no dialeto quanto na culinária, nos costumes, nas festas e na música, onde há uma variedade de ritmos e danças".
"A viola acaba entrando como um elemento de ligação muito importante entre as tradições caipiras e as formas como essas referências se expressam nos contextos sociais. O interesse por esse instrumento tem aproximado gerações e servido de ponte de transmissão dos saberes associados à cultura caipira", disse Tiane.
Perfis
Oliveira aprendeu muito com seus antepassados, segundo conta. Em Guarulhos, cidade onde passou a viver, criou vários grupos de diferentes manifestações populares: Os Favoritos da Catira, Os Mensageiros dos Santos Reis, a Orquestra de Violeiros Coração da Viola e a Associação Guarulhense de Artistas Sertanejos.
Seguindo os passos do pai desde pequeno, Edson tomou um rumo muito parecido na vida. Além de também ser integrante do grupo Os Favoritos da Catira, conquistou seu espaço como músico na banda Matuto Moderno. Tem seu trabalho dedicado à preservação da cultura tradicional e sua relação com contemporâneo.
Para este encontro, o Museu do Folclore convidou o professor Luiz Antônio Guerra, doutorando em Sociologia pela Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), onde desenvolve pesquisa sobre viola e cultura caipira. É membro do Núcleo de Sociologia da Cultura (USP) e colaborador do Museu do Folclore de São José dos Campos.
Gestão
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e está instalado, desde 1997, no Parque da Cidade, em Santana, região norte. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.