"Sabia que ia estourar", diz Lexa sobre o hit "Sapequinha"

Single, em parceria com MC Lan, teve o melhor desempenho da carreira da cantora até hoje, chegando ao Top 20 do Spotify


A cantora Lexa está vivendo o seu melhor momento até hoje na carreira. Com o single "Sapequinha", parceria com MC Lan em que ela retorna às raízes do funk, conseguiu o seu melhor desempenho. 

O vídeo de coreografia da música, publicado no YouTube, já ultrapassou a marca de 35 milhões de visualizações. É o vídeo mais visto de coreografia em um perfil oficial, sem contar os canais especializados na criação de passos de dança. O clipe oficial passa dos 7 milhões de views. No Spotify,  o single ocupa a 16ª posição da lista Top 50 brasileira.

Agora, além de participar do novo EP do ex-RBD Christian Chávez, com direito a clipe gravado no Brasil, a cantora também se prepara para o lançamento de mais um single, desta vez ao lado da drag queen Gloria Groove. 

Billboard Brasil conversou com Lexa sobre o sucesso de "Sapequinha", o momento para o funk e os próximos passos da carreira: 

Depois de "Movimento", com uma pegada mais reggaeton, você lançou "Foco Certo", uma faixa mais lenta e motivacional. Agora, com "Sapequinha", retornou às raízes do funk. Como essa música chegou até você? Sentiu que seria sucesso?

Eu fico muito feliz porque a música está indo tão bem, estou realizadíssima. O funk é a minha raiz mesmo. Eu nunca saí dele, sempre esteve no meu trabalho, mas agora coloquei foco, ainda mais depois do feedback do público com "Sapequinha". Tenho que seguir o que o povo quer [risos]. Tudo começou quando cheguei ao estúdio e disse que queria lançar um funk. Os produtores acharam que eu estava maluca. Eu falei que queria um funk que fosse a minha cara e perguntei como eles me definiriam. Disseram "sapequinha". Cada um escreveu uma parte e chamamos o MC Lan para ser a voz masculina. Quando ouvi pronta, sabia que ia estourar. Imaginava que chegaria ao Top 50 do Spotify, mas já conseguimos o Top 20 e foi uma grande alegria, veio de brinde. Muito além do que eu imaginava.

Da outra vez que conversamos, falamos sobre a possibilidade de você lançar algo em parceria com um artista latino depois de se aventurar pelo reggaeton no single "Movimento". Agora você participou do novo EP de Christian Chávez. Como surgiu o convite e como foi a experiência?

Eu ouvia muito RBD, era fã. Foi natural. O convite veio dele, por meio da equipe. Ele disse que amava "Sapequinha". Fiquei muito feliz. Vieram já com a música pronta e eu cantei em português e espanhol. Fiquei muito honrada em participar porque é um EP feito para os brasileiros. Christian é gente finíssima e a música ficou muito legal.  

Naquela entrevista, você disse que gosta desse caráter de fênix que pode assumir dentro do pop, sempre se reinventando. Mas os fãs aprovaram esse retorno ao funk, não é? O cenário tem sido dominado por homens, já que as mulheres foram aos poucos migrando para uma sonoridade mais pop.

Eu acho que poder ousar dentro do funk é sensacional, misturar, fazer parcerias. É um excelente indicador, conseguir misturar coisas e dar certo. As mulheres conseguem misturar pop no funk e dá certo, a gente transita mais pelos outros gêneros do que os homens. Eles mudam muito pouco o beat, parece até que a mudança é só regional. O que eu mais ouvi foi depois de "Sapequinha" foi: "Não gosto de funk, mas essa música é viciante". Ainda tem muito preconceito. Não fiz essa música para encontrarem uma lição de vida. É para ser divertido, dançante.

Também estou sabendo de parceria com Gloria Groove, que está despontando no cenário drag. O que podemos esperar dessa colaboração?

Posso adiantar que é muito dançante. "Sapequinha" é mais funk, mas essa música mistura funk e outros ritmos. A Gloria faz um rap. A letra fala de uma mulher descolada, muito dona de si, que acredita nos seus ideais, empoderada. É gostosa de dançar, tem uma batida viciante. A coreografia eu fiz sozinha e particularmente ficou maravilhosa [risos].