Lula é líder com ampla vantagem na pesquisa Datafolha e mercado reage negativamente

Analistas econômicos consideram que o dólar em alta é reflexo de um país que oferece riscos de investimentos internacionais


O Instituto Datafolha divulgou nesta quarta-feira (22), uma pesquisa que aponta ampla vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba, sobre seu principal oponente na corrida presidencial: Jair Bolsonaro (PSL). Lula atingiu 39% de intenções de voto e Bolsonaro ficou com 19%. O segundo escalão aponta um empate técnico com Marina Silva (Rede) com 8%, Geraldo Alckmin (PSDB) 6%, e Ciro Gomes (PDT) 5%. O terceiro bloco vem com Alvaro Dias (Podemos): 3% e João Amoêdo (Novo), 2%.

A pesquisa foi encomendada pelo jornal Folha de São Paulo e pela TV Globo com um universo de entrevistados em 313 municípios, totalizando 8.433 eleitores. O levantamento foi realizado no período entre 20 e 21 de agosto, considerando a margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Lula cumpre pena em Curitiba desde abril deste ano, após ser condenado a 12 anos e um mês. O petista tem a candidatura questionada. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidirá se o registro do petista deve ser mantido.

Em caso de impugnação da candidatura, o nome considerado pelo PT é o de Haddad. A pesquisa Datafolha considerou este cenário. Com o ex-prefeito como candidato, Jair Bolsonaro (PSL) tem 22% das intenções de voto, Marina Silva (Rede), 16%, Ciro Gomes (PDT), 10% , Geraldo Alckmin (PSDB), 9%, Alvaro Dias (Podemos), 4% e Haddad, 4%.

Reação negativa - Os números apresentados trouxeram um cenário de temor e causou estremecimento no mercado financeiro. Já no fim da segunda-feira (21) logo após a pesquisa anterior do Ibope - onde a vantagem do candidato petista era um pouco menor  - houve queda de 1,5% na Bolsa de Valores de São Paulo, próximo dos 75 mil pontos. A moeda americana disparou e fechou o dia de ontem acima dos R$ 4, o que não acontecia desde 29 de fevereiro de 2016.

Diante das incertezas do cenário político e da iminente possibilidade da volta do ex-presidente Lula à Presidência, os analistas econômicos consideram que o dólar em alta é reflexo de um país que oferece riscos de investimentos internacionais. 

Com informações da Agência Brasil