Vereador Bilili é denunciado pelo MP por esquema de "fura fila" na saúde em Taubaté

O vereador e mais seis pessoas agiam em esquema para furar a fila de consultas e exames pelo SUS


Os bens do vereador de Taubaté, Bilili de Angelis, do PSDB, foram bloqueados em uma ação da Justiça, por denúncia do Ministério Público. Um total de R$836,3 mil, que equivale a 100 vezes o salário do político.

O MP apontou que o vereador estava à frente de um esquema para fraudar o agendamento de exames e consultas do SUS entre 2013 e 2016. O parlamentar negou as acusações.

A denúncia aponta duas funcionárias do Hospital Regional e três assessoras do vereador como cúmplices nas ações. Ao todo são sete pessoas denunciadas, contando também com a atual secretária de Saúde de Pindamonhangaba, Valéria Santos, cuja filha é assessora de Bilili, na época, diretora da Diretoria Regional de Saúde.

A promotoria afirma ainda que o gabinete do vereador era utilizado para marcar consultas e exames, quando para fazer de forma correta, o paciente deveria passar por uma consulta na rede pública para então ser incluído no sistema que regula a oferta de serviços de saúde no estado, o Cross.

A investigação aponta 252 atendimentos no esquema “fura fila” no Hospital Regional. Entre os crimes cometidos pelos denunciados, segundo a MP, estão associação criminosa; falsificação de documento público; falsidade ideológica; uso de documento falso; inserção de dados falsos em sistema de informações; modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações e corrupção passiva.

A denúncia foi acolhida, mas não há prazo para julgamento do mérito pela Justiça.