Embraer aciona tribunal arbitral contra a Boeing após encerramento do acordo comercial

A desistência da companhia dos Estados Unidos foi divulgada no sábado (25)


A Empresa Brasileira de Aeronáutica - Embraer acionou a justiça devido à desistência por parte da empresa americana Boeing do acordo comercial entre das duas companhias. A data limite para realizar a rescisão era a sexta (24). A desistência da companhia dos Estados Unidos foi divulgada no sábado (25). 

A Embraer informou nesta segunda-feira (27) que abriu processo de arbitragem contra a companhia americana, segundo comunicado tornado público para acionistas e agentes de mercado. A companhia brasileira alega que a Boeing fez uso de razões que não correspondem à realidade para legitimar a rescisão do acordo entre as partes.

A Embraer argumenta que a companhia americana fabricou falsas alegações, além de adotar "um padrão sistemático de atraso e violações repetidas ao MTA [sigla em inglês para Acordo Global da Operação], devido à falta de vontade em concluir a transação, sua condição financeira, ao 737 MAX e outros problemas comerciais e de reputação devido à falta de vontade em concluir a transação, sua condição financeira, ao 737 MAX e outros problemas comerciais e de reputação.", diz a nota.

Para cumprir com seus compromissos de fechar a transação, a Boeing pagaria à Embraer o preço de compra de U$ 4,2 bilhões. 

A Boeing alegou ter tomado ciência de determinadas obrigações não reveladas no processo contratual. Na nota, de acordo com a companhia, a razão da desistência de fechar o acordo é o fato de "a Embraer não ter atendido as condições necessárias".

Pelo fusão entre as empresas, a companhia brasileira receberia US$ 4,2 bilhões, segundo nota enviada a imprensa. A Embraer vai tentar o ressarcimento com o argumento de que, ao proceder a separação da  aviação comercial, que passaria para o controle dos americanos - já operando independente-, teve custos de quase R$ 500 milhões no ano passado.