O cenário econômico do Brasil teve um impacto adverso nos investimentos da indústria de transformação. Uma fatia do Produto Interno Bruto (PIB) alocada para expandir a capacidade produtiva nesse setor vem prejudicando ao longo dos anos, e atualmente mal cobre os custos de depreciação, aponta a Fiesp.
Um estudo inédito agora oferece uma estimativa das necessidades de investimento na indústria de transformação.
Aqui estão os principais pontos:
Recuperação: Para que a indústria de transformação possa recuperar a produtividade registrada na década de 1970, são necessários investimentos anuais equivalentes a 4,6% do PIB do setor, o que totaliza R$ 456 bilhões, ao longo de um período de sete a dez anos.
Depreciação: Atualmente, os investimentos envolveram cerca de 2,6% do PIB, quando o mínimo necessário para cobrir os custos de depreciação seria de 2,7% do PIB.
Investimentos: Os investimentos na indústria de transformação estão avançando em relação ao investimento total na economia brasileira. Em 2007, representavam 20,9% do total dos investimentos do país, mas em 2021, essa parcela caiu para 12,9%.
Disparidades setoriais: Observou-se uma mudança estrutural na alocação de investimentos, com uma concentração cada vez maior na fabricação de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Entre 1996 e 2000, esses segmentos corresponderam a cerca de 9% do investimento total na indústria de transformação, enquanto no período mais recente, de 2017 a 2021, alcançaram aproximadamente 1/3 do investimento total no setor.