Nós últimos dias, 1.096 imigrantes foram resgatados no Mar Mediterrâneo, sendo que 467 já chegaram a portos italianos e o restante desembarcará nas próximas horas, números que representam as primeiras chegadas após a formação do novo governo que prometeu "linha dura" contra a imigração.
A guarda costeira italiana, que coordena as operações de vigilância e resgate no Mediterrâneo central, informou à Agência EFE, que, no último sábado, foram recuperados 629 imigrantes em seis operações com lanchas da corporação, três navios mercantes e o apoio da Organização Não Governamental SOS Méditerranée.
Todos os imigrantes, entre eles 123 menores de idade não acompanhados, 11 deles crianças pequenas, e sete mulheres grávidas, foram transferidos a bordo do navio Aquarius da SOS Méditerranée, que se encontra agora a caminho de um porto italiano.
O SOS Méditerranée comunicou que socorreu 229 pessoas no sábado e destacou a dificuldade de uma das operações na qual 40 imigrantes que estavam a bordo de um bote caíram no mar.
Malta recusa imigrantes
Além desses, 467 imigrantes desembarcaram ontem em portos da ilha da Sicília e na Calábria. Entre eles, estavam os 232 imigrantes resgatados pela ONG alemã Sea Watch que chegaram ao porto de Reggio Calábria depois de quatro dias no mar. Eles receberam a recusa de desembarcar por parte das autoridades de Malta.
Essas foram as primeiras chegadas de imigrantes à Itália depois da formação de um novo governo na semana passada. O novo governo pretende "acabar com o negócio da imigração". O ministro do Interior, o líder da xenofóbica Liga, Matteo Salvini, prometeu reduzir os desembarques.
"Estou trabalhando para recuperar sete anos de atrasos. Nosso objetivo é reduzir os desembarques e aumentar as expulsões. Não vamos passar outro verão com desembarques, desembarques e desembarques", disse o ministro após as chegadas de sábado.