As máscaras caseiras que foram altamente disseminadas e incentivadas no início da pandemia estão agora sendo banidas em uma série de países da Europa. Alemanha, França e Áustria já determinaram o uso somente de máscaras industriais, que oferecem maior proteção. Novos estudos demonstram que as máscaras do tipo N95, PFF2 ou similar são mais eficientes em situações de risco. Com as novas variantes do coronavírus se disseminando pelos países europeus, seus governantes resolveram endurecer as regras para a população.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou no início da pandemia que as máscaras cirúrgicas deveriam ser usadas somente por profissionais de saúde, para que não se corresse o risco de faltar esse material essencial nos hospitais. Também recomendou que a população usasse máscaras caseiras, que têm eficiência de filtrar cerca de 70% de partículas. No entanto, com a alta demanda de máscaras, ocorreu também uma alta na produção.
Os países que estão impondo novas regras quanto ao uso de máscaras industriais afirmam que não vai faltar esse tipo de proteção. Essas máscaras, no entanto, são mais caras e exigem que a população arque com um produto de maior valor. A Alemanha já está agindo para que todos tenham acesso à proteção facial exigida. O governo está enviando vouchers para a compra do produto, enquanto a Áustria aposta na distribuição gratuita das máscaras industriais.
No Brasil, as máscaras caseiras continuam em uso e as máscaras cirúrgicas ficam reservadas para clínicas, hospitais ou em um curso de enfermagem, por exemplo. Qualquer cidadão pode adquirir máscaras industriais em lojas especializadas. No entanto, com a disparidade social no Brasil, poucos são os que podem acessar esse tipo de proteção.
Especialistas sugerem que, mais do que o tipo de máscara, o importante é colocá-la adequadamente no rosto, manuseá-la de forma segura, além de investir na higienização da mesma. Inúmeras fotos circulam pela internet com pessoas deixando o nariz para fora da máscara ou usando-as penduradas no pescoço. Teve até mesmo quem desafiasse as regras e exigisse a entrada sem máscara em estabelecimentos comerciais.
O endurecimento das regras de alguns países na Europa revida uma segunda onda, que acendeu mais um alerta na prevenção da disseminação do coronavírus. As novas cepas que se espalham pelo mundo demonstram que a situação pode piorar. Em contrapartida, a vacinação que começou em diversas partes do globo tenta conter o vírus, que se espalhou de forma nunca vista antes. Todo o cuidado se torna necessário para salvar vidas.