Brasil recebe vírus-semente para iniciar desenvolvimento de vacina contra monkeypox

A ação é apoiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações


Duas alíquotas-semente do Vírus Vaccínia Ankara Modificado (MVA) foram entregues no começo desta semana no Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O material biológico chegou Brasil na sexta-feira (2/9), no aeroporto de Confins, em Minas Gerais.

A ação é apoiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) por meio da RedeVírus MCTI. Esse é um primeiro passo para que o Brasil possa iniciar a pesquisa para produção em território nacional de uma vacina antivariólica, que tem ação para monkeypox.

O CT Vacinas está em processo para ser transformado em um Centro Nacional de Tecnologias em Vacinas MCTI, decorrente de um acordo firmado em 2021 entre a pasta ministerial e a UFMG. A medida ampliará a capacidade brasileira no desenvolvimento de vacinas.

O material biológico foi doado pelo Instituto Nacional de Saúde (National Institutes of Health - NHI), agência de pesquisa médica dos Estados Unidos, ao CT Vacinas da UFMG por meio de um Acordo de Transferência de Material Clínico (CMTA - Clinical Material Transfer Agreement).

As sementes do vírus vacinal, como são chamadas tecnicamente, serão utilizadas para a produção de lotes de vacina para a realização de testes pré-clínicos e clínicos no Brasil. O CTVacinas receberá o lote e trabalhará em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos).