De acordo com uma recente pesquisa, comer peixe pode ajudar a inibir sintomas de Alzheimer. Um médico da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, descobriu que comer peixe pode tornar o córtex cerebral mais denso. Mas qual a relação deste critério com a memória? É que um córtex cerebral mais denso está ligado a uma maior resistência à doença de Alzheimer.
O Dr. Cyrus Raji é responsável por uma pesquisa publicada no Diário Americano de Medicina Preventiva, que revela que, para se beneficiar do peixe contra a doença, basta comer a carne somente uma vez por semana. Consumir peixe grelhado, assado ou cozido favorece uma quantidade maior de matéria cinza nas áreas cerebrais que cuidam da memória e cognição em pessoas idosas e saudáveis.
Dessa forma, o estudo conclui que comer peixe uma vez por semana aumenta a área responsável pela memória e aprendizado, conhecido como hipocampo, em cerca de 14%. "Entender os efeitos do consumo de peixe na estrutura do cérebro é crítico para a determinação de fatores modificáveis que possam diminuir o risco de déficits cognitivos e demência", escreveu o pesquisador no relatório.
Reflexo do Ômega 3?
É válido observar ainda que grande parte da população está acostumada a associar os benefícios do consumo do peixe com ômega 3. Esta gordura poli-insaturada deve ser ingerida na alimentação, pois não é sintetizada pelo organismo humano. Os peixes de águas profundas, como salmão, arenque, sardinha, atum, truta e cavala, são os mais ricos nesta substância e, por isso, devem ser priorizados no consumo.
Mas, embora o ômega 3 seja realmente benéfico em suas funções antioxidante, anticancerígena, vasodilatadora e anti-inflamatória, os efeitos positivos no cérebro e memória não tem ligação direta com os níveis de ômega 3 na corrente sanguínea. Portanto, fica a dica: inclua mais peixes em sua alimentação diária, não apenas pelos benefícios do ômega 3, mas também pelos reflexos positivos na memória e resistência ao Alzheimer.