Ômega 3 pode reduzir risco de parto prematuro, diz estudo

Substância diminuiria as chances de um bebê nascer antes de 37 semanas


Os benefícios do ômega 3 já são conhecidos por meio da realização de pesquisas. Entre eles estão a melhora na concentração e no quadro de problemas cardiovasculares. A substância, encontrada em peixes e de forma concentrada em suplementos, agora parece ter outro ponto positivo: a diminuição do risco de parto prematuro. O estudo foi feito por uma equipe do Instituto de Pesquisa Médica e Saúde do Sul da Austrália, com 20 mil mulheres. No país, um em cada 12 bebês nasce prematuro.

Os problemas do nascimento "antes da hora" são variados. Risco de malformação do cérebro, deficiências no trato respiratório e no sistema imunológico são algumas das complicações de saúde que o recém-nascido pode sofrer. Ao longo da vida, a criança também pode desenvolver outros problemas, como perda de visão e audição. A gestação até 38 semanas, portanto, é fundamental para garantir a saúde do bebê. Mas não é sempre assim que acontece.

O estudo foi realizado por meio de ensaios randomizados em países de alta renda como Austrália, Estados Unidos e Inglaterra. Grande parte das mulheres estava grávida de um bebê. De acordo com os resultados, aquelas mulheres que aumentaram a ingestão de ácidos graxos ômega 3 de cadeia longa tiveram risco 11% menor de ter parto prematuro -- ou seja, antes de 37 semanas. Os pesquisadores também chegaram à conclusão de que a substância reduz em 42% a chance de um bebê nascer antes de 34 semanas.

As causas ainda não são bem compreendidas. O que o estudo descobriu é que as mulheres produzem o hormônio prostaglandinas em maior quantidade quando estão em gestação. Os hormônios produzidos a partir de ômega 6 podem fazer o bebê nascer mais cedo. É nesse momento que o ômega 3 atua, reduzindo a potência dessas substâncias capazes de induzir o parto.

Apesar do ômega 3 ser encontrado em sardinhas e em sementes de chia, os pesquisadores optaram por utilizar a forma concentrada da substância, em suplemento. Mas atenção: se você está grávida, não saia para comprar o produto sem nenhuma indicação médica. Além de procurar um nutricionista, você deve consultar um obstetra para que ele possa dizer se você precisa ou não de alguma suplementação.