Rotary: Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil

Até o dia 31 de agosto, todas as crianças de 1 a 5 anos devem ser vacinadas


O Ministério da Saúde acionou o sinal de alerta no início de julho, quando emitiu alerta informando que 312 municípios brasileiros estão com cobertura vacinal abaixo de 50% contra a poliomielite.

A mobilização 

Algumas atividades já estão sendo registradas como campanhas. O Distrito 4650 do Rotary International (parte de Santa Catarina), por exemplo, está se mobilizando para veicular mídias em redes sociais, sites, blogs, portais de notícia, enviando e-mail marketing, veiculando outdoor e busdoor, além de releases para imprensa (mídia espontânea), entre outras estratégias de comunicação e conscientização.

Os materiais mostram a importância da vacinação e do Programa “End Polio Now”, desenvolvido pelo Rotary International, responsável pela imunização de mais de 2,5 bilhões de crianças contra a doença, em 122 países, representando uma redução de 99,9% no número de casos mundiais.

O programa Pólio Plus

O Rotary já contribuiu mais de US$ 1,8 bilhão para a luta contra a pólio. Em 1985 lançou o programa de imunização Pólio Plus. Em 1988, a organização se tornou líder na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, junto com a Organização Mundial da Saúde e o Centro Norte-Americano de Controle e Prevenção de Doenças. Mais tarde, a Fundação Bill e Melinda Gates também passou a integrar o grupo. Desde que a iniciativa começou, a incidência da paralisia infantil no mundo caiu em mais de 99,9%, indo de 350.000 casos em 1988 para apenas 22 em 2017.

O papel do Rotary na luta pela erradicação da pólio 

O trabalho do Rotary com a pólio se concentra na defesa da causa, na arrecadação de fundos, no recrutamento de voluntários e no aumento da conscientização de toda sociedade. 

A arquiteta Fabiane Kanzler Maiochi, presidente da Comissão da Pólio Plus do Distrito 4650, aponta quais os maiores desafios atualmente. O principal é eliminar focos em países onde ainda temos a incidência da doença. São três países apenas: Afeganistão, Paquistão e Nigéria, representando 0,1%. Mas os mais difíceis de prevenir devido a fatores que incluem isolamento geográfico, precariedade da infraestrutura pública, conflitos armados e barreiras culturais e religiosas. Sem a erradicação total dos focos, todos os países permanecem em risco de terem surtos da doença. 

No Brasil, de acordo com relatório de vacinação para Pólio em 2016, percebemos uma redução significativa na cobertura em todo país. Redução causada por vários fatores sociais, econômicos, políticos e principalmente culturais. 

Mesmo nos países onde a doença é considerada erradicada é fundamental que manter a cobertura vacinal, segundo Fabiane: “Num mundo globalizado e sem fronteiras, o risco é eminente até que possamos garantir o fim da doença mundialmente”, resumiu a associada do RC de Jaraguá do Sul - Vale do Itapocu do Distrito 4650.