Saúde da mulher: musculação é aliada contra a perda óssea

Exercícios e dieta rica em cálcio podem prevenir e contribuir com o tratamento


As mulheres estão no grupo de risco quando o assunto é perda óssea devido a padrões hormonais e da maior ou menor ingestão de macro e micronutrientes na alimentação. Tal situação pode levar à desmineralização óssea e à osteoporose. A perda de massa óssea também pode estar relacionada com a diminuição na produção de estrógeno durante a menopausa, hormônio que protege os ossos. Estudos indicam que exercícios físicos são essenciais para a prevenção e o tratamento da perda óssea.

A osteoporose é quando a densidade óssea de uma pessoa está abaixo de 2,5 desvios padrão em relação à densidade óssea média de um adulto jovem, levando a uma fragilidade maior dos ossos e risco de fraturas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, as principais fraturas são de punho, vértebras, costelas e, principalmente, a do colo do fêmur (osso da coxa). Segundo artigo publicado pela nutricionista esportiva Carolina Gabriel, antes de definir a abordagem do tratamento, é necessário descobrir a origem da perda de massa óssea.

Os fatores de risco associados com a baixa densidade óssea estão divididos entre não modificáveis e modificáveis. Na primeira lista, estão idade avançada, raça branca e oriental, fratura prévia, história familiar de fratura, história familiar de osteoporose e menopausa e hipoestrogênico crônico. Já na segunda, estão baixo peso e amenorreia, uso prolongado de corticosteroides, tabagismo, sedentarismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e café, dieta inadequada com baixo consumo de micronutrientes (vitaminas e minerais) e consumo excessivo de sódio.

Os estudos indicam que os treinamentos de alta intensidade (musculação, principalmente) devem ser utilizados como forma de prevenção e tratamento da osteoporose devido à influência que exercem na densidade mineral óssea (DMO). Eles contribuem para a remodelação dos ossos e podem proporcionar um ganho de massa e, consequentemente, maior sustentação óssea. Além disso, a realização desses exercícios retarda o envelhecimento esquelético.

Para realizar esses exercícios, tenha instrução médica e de um profissional de educação física. Eles vão orientá-lo sobre o que você pode ou não fazer e vão montar um plano personalizado para suas necessidades. Alguns praticantes de musculação ainda utilizam alguns suplementos, como a dextrose, que aumenta a energia para a execução dos treinos. Neste caso, também consulte um nutricionista.

O principal tratamento para mulheres que já apresentam os sintomas da osteoporose, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, é a reposição de hormônios, já que há uma diminuição de estrogênio na menopausa. Uma dieta rica em cálcio também é fundamental. Devem realizar exames preventivos os seguintes grupos:

a) Os que já sofreram múltiplas fraturas e mulheres que, na juventude, passaram períodos sem menstruar;
b) Os que fumam, bebem muito, não praticam exercícios e que consumiram pouco leite e derivados (cálcio) na fase de crescimento;
c) Os que utilizaram ou utilizam cortisona, hormônios da tireóide, anticonvulsivantes e imunossupressores depois de transplantes;
d) Pessoas com diabetes, insuficiência renal, cirrose ou hipertireoidismo, crianças com raquitismo ou outras doenças ósseas;
e) Pessoas em tratamento de osteoporose, reposição hormonal ou em fase de uso de medicamentos, como alendronato, calcitonina, ipriflavona, cálcio e vitamina D.