O futebol brasileiro respira desde as grandes cidades até os rincões mais afastados do país. Enquanto existir um jovem, uma bola e um sonho, o esporte mais amado e popular do planeta será praticado. E são justamente os jovens que mantêm viva a tradição brasileira pentacampeã: as categorias de base dos times nacionais são um celeiro de talentosos craques.
De goleiros a atacantes, o Brasil é um país revelador e uma grande vitrine para os grandes e ricos times europeus, principalmente. Não raro, muitos jogadores mal desfilam seu futebol pelos principais campos brasileiros e vão direto para os gramados internacionais. Caso de Roberto Firmino, por exemplo, destaque da maior competição de base do Brasil, a Copa São Paulo de Futebol Júnior, que jogou somente uma temporada no futebol profissional nacional.
Contudo, ao mesmo tempo que jovens sobem das categorias de base vindos da famosa peneira, muitos mais ficam pelo caminho. Questões mentais, técnicas ou físicas pesam muito e fazem muitos sonhos não seguirem em frente, mesmo com a melhor estrutura possível, tais como o Centro de Treinamento de Cotia, do São Paulo Futebol Clube, ou o CT Meninos da Vila, do Santos Futebol Clube.
Novas promessas despontam e já vestem a amarelinha
Ambos os times são exemplos de grandes reveladores por conta de nomes como Kaká e Neymar, em um passado recente, e Lucas Beraldo e Rodrygo, em um momento mais atual. Entretanto, outros nomes como Estevão, do Palmeiras, e Kayky Almeida, do Fluminense, vêm pedindo passagem, mesmo vindo de bases menos badaladas, mas não com menos qualidade na formação.
De fato, é na Copa São Paulo de Futebol Júnior que o futebol de base efervesce. São 128 times do Brasil inteiro que disputam a taça. Há mais de 50 anos, a competição vem revelando nomes como Raí, Sócrates, Ronaldinho Gaúcho, Falcão e o saudoso Dener, que nomeia o prêmio do gol mais bonito.
A chance de disputar uma competição deste calibre é uma chance muito grande para muitos jovens serem avistados por olheiros. Porém, o preço que o futebol cobra é muito caro. Todo o deslumbre de uma carreira pode sofrer abalos com uma eliminação precoce. Enquanto quase todos os jovens almejam chegar em grandes clubes, nacionais ou internacionais, muitos ficam pelo caminho.
Por vezes, chegar a ser um jogador profissional por clubes de menor expressão já é um trunfo e tanto, ainda que disputem competições como as séries C e D ou divisões menores de competições estaduais. José Nogueira, ex-psicólogo das divisões de base do Flamengo, afirma que, de cada sete mil jovens, somente um chega a ser profissional.
Em meio a tanta pressão e com crianças começando mais jovens em busca por carreiras, por incentivo dos pais ou mesmo de empresários, o necessário é ter os pés no chão e um bom equipamento. Uma chuteira de futsal infantil, um bom campo para treinar e uniformes leves e de qualidade pode ser o diferencial para um bom desempenho na hora mais exigida. No mais, enquanto houver esperança e uma bola no pé, o futebol brasileiro segue forte e dando mostras de sua beleza para o mundo.