Governo de SP vai investir R$ 49,3 milhões em inclusão esportiva para alunos com deficiência
A implantação do projeto será feita em duas etapas: 10 escolas ainda no primeiro semestre de 2025 e outras 65 no segundo semestre.
O Governo do Estado de São Paulo anunciou um investimento de R$ 49,3 milhões nos próximos 48 meses para promover a inclusão esportiva de alunos com deficiência matriculados na rede estadual de ensino. A iniciativa inédita é fruto de uma parceria entre a Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Por meio do acordo firmado entre o secretário da Educação, Renato Feder, e o presidente do CPB, José Antônio Ferreira Freire, 75 escolas integrantes do programa "Escolas Mais Inclusivas" passarão a oferecer atividades esportivas regulares específicas para estudantes com deficiência. O projeto inclui também a formação de professores e a possibilidade de identificar futuros atletas de alto rendimento.
De acordo com o termo de fomento publicado no Diário Oficial do Estado, a implantação do projeto será feita em duas etapas: 10 escolas ainda no primeiro semestre de 2025 e outras 65 no segundo semestre. As unidades contempladas estão distribuídas por todas as regiões do estado.
"As atividades, que abrangem modalidades paralímpicas, serão realizadas quatro vezes por semana, respeitando as limitações e potencialidades de cada aluno. Além de ampliar o acesso ao esporte como ferramenta pedagógica e de inclusão, queremos descobrir e encaminhar talentos aos centros de referência paralímpicos coordenados pelo CPB", afirmou o secretário Renato Feder.
O projeto prevê que 100% dos alunos com deficiência interessados nas aulas e matriculados nas 75 escolas possam participar. Além disso, haverá busca ativa para incluir estudantes com deficiência de escolas próximas. Até 50% dos alunos com interesse e desempenho serão encaminhados para centros de treinamento do CPB com foco no esporte de rendimento.
As escolas receberão equipamentos adaptados, como bolas de golbol, mesas de tênis de mesa, redes de vôlei sentado, quimonos, raquetes e materiais para atletismo adaptado, totalizando mais de 30 tipos de equipamentos especializados.
Cerca de 150 professores de educação física das unidades deverão participar das formações oferecidas pelo CPB, que também contratará 150 estagiários para atuar nas escolas. Outros 28 supervisores acompanharão o processo, com contratação feita pelo CPB e pagamento via Secretaria da Educação. A coordenação técnica ficará a cargo do Comitê Paralímpico.
Além disso, a Seduc-SP planeja formar pelo menos 20% dos professores de educação física de toda a rede estadual nas práticas de esportes paralímpicos.
O programa "Escolas Mais Inclusivas" foi implantado neste ano letivo como projeto piloto nas 75 unidades de ensino e já conta com 108 escolas participantes atualmente. Essas unidades funcionam como centros de referência em boas práticas de educação inclusiva, visando disseminar as mudanças para toda a rede estadual.
