Já imaginou visitar um museu... debaixo d'água? Pois é, parece impossível, mas não é. Na Grécia, nação tão famosa pelo turismo, há um museu que fica dentro do mar e compila uma série de relíquias subaquáticas imperdíveis, que ficam a cerca de 20 metros de profundidade.
Conhecida principalmente pela história memorável, a Grécia ficou bastante destacada no mundo por ser um dos países mais ricos em atrações turísticas, seja pela própria cultura da Grécia Antiga ou mesmo pela arquitetura, gastronomia e paisagem. No entanto, como sua economia dependia muito do turismo, a pandemia trouxe consequências severas ao país.
Sendo assim, o Parque Nacional Marinho de Alonissos e Espórades, no Norte, no Mar Egeu, abriu o museu aquático para visitação. Antes, o local era restrito a pesquisadores e pessoas autorizadas, mas agora o parque liberou a visitação por parte de mergulhadores amadores.
Além das atrações mais comuns, com corais e animais marinhos, o museu tem uma coleção de relíquias alocadas em um navio naufragado. E não é qualquer embarcação: o naufrágio de Peristera, apelidado assim por estar próximo à cidade de mesmo nome, aconteceu em 425 a.C. A descoberta foi feita pelo pescador Dimitris Mavrikis, em 1985, após ver destroços na costa oeste da cidade de Peristera.
A história de um dos naufrágios mais importantes da Grécia Antiga
Após anos de pesquisa e escavações, o náufrago chegou ao campo dos pesquisadores, que concluíram que a embarcação era um dos maiores navios mercantes do Período Clássico. O que impressiona, além do acesso a algo tão antigo, mesmo que debaixo d'água, é a carga que o navio transportava: quatro mil ânforas de vinho e utensílios de cozinha em cerâmica, como xícaras, pratos, tigelas e talheres.
De acordo com pesquisadores, o motivo do naufrágio está relacionado à Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta. Foram encontrados fragmentos de madeira queimada no casco da embarcação.
Formas de acesso do público
O museu está aberto ao público de mergulhadores amadores, desde que sejam acompanhados por instrutores certificados. O "Partenon dos Naufrágios", como é conhecido, iniciou a fase piloto de visitas em outubro de 2020 e pretende restruturar as visitas em junho de 2021.
Para aqueles que querem conhecer o museu, mas não se aventuram nos mergulhos, é bom preparar as passagens aéreas. Há a possibilidade de ver o naufrágio fora da água, com uma câmera subaquática que filma todas as atrações em tempo real. Na Ilha de Chorus há também uma exibição com óculos 3D do local.