É objetivo da Billboard retratar com precisão e de forma imparcial a forma como a música se comporta e esse trabalho tornou-se muito mais complicado ao longo dos anos.
Durante décadas, havia apenas vendas físicas e rádio, enquanto hoje existem muitas maneiras de consumir e nem todas são criadas com os mesmo parâmetros – desde diferenças na forma de acesso (pago/grátis), controle de usuário (programação ao vivo/on-demand), receita (e repasse para gravadoras e artistas), proteção contra fraudes, assim por diante.
Assim, a Billboard reavalia com frequência – e com a assessoria de nossos parceiros (artistas, gravadoras, distribuidores, editores, consumidores etc) – como medir e denunciar adequadamente estas atividades. É nossa obrigação levar em consideração todos os métodos de distribuição e consumo, da mesma forma que é nossa obrigação pesar as consequências de quaisquer mudanças.
2017 foi um ano especialmente desafiador para essas deliberações, já que estamos vendo a adoção rápida de novos modelos de transmissão e distribuição que estão alterando a experiência e o comportamento do usuário em um ritmo sem precedentes.
Entre as mudanças que implementamos ou consideramos seriamente este ano:
1 – Como medir os meios pagos pelos usuários versus os pagos por anúncios; 2 – Como medir os meios com transmissão ao vivo e programação (ex. Pandora); 3 – Se o YouTube deve ser incluído no Billboard 200; 4 – Como abordar o aumento e a exclusividade das vendas de música através de ofertas diretas para o consumidor; 5 – Se devemos excluir serviços que não se protegem contra a ação de bots para aumento de plays/visualizações; 6 – Como abordar o aumento de atividades que incentivam o streaming.
Em reconhecimento a um mercado de música em evolução, a Billboard decidiu implementar mudanças em como incorpora dados nos rankings.
Atualmente, a Billboard leva em consideração dois tipos definidos de plays para o Hot 100 (e nossos outros gráficos híbridos): on-demand (como Amazon Music, Apple Music, Spotify e YouTube) e programado (como Pandora e Slacker Rádio), com um peso maior para o on-demand.
Já o Billboard 200 (e nossos outros rankings de álbuns classificados pelo consumo) usa uma única camada: o on-demand (pago ou mantido por anúncios) dos serviços de assinatura. Os fluxos de vídeo não contribuem para os cálculos do Billboard 200, mas são incorporados no Hot 100.
A partir de 2018, os plays em serviços baseados em assinaturas pagas (como Amazon Music e Apple Music) ou híbridos (assinaturas pagas e anúncios, como SoundCloud e Spotify) receberão mais peso nos cálculos do que as reproduções em serviços puramente mantidos por anúncios (como o YouTube) ou nas plataformas não pagas.
Em 2018, a Billboard terá vários níveis ponderados de reproduções de streaming para o Hot 100, que leva em consideração os fluxos de assinatura pagos, os fluxos suportados por anúncios e os fluxos programados. O streaming, juntamente com os dados de execução em rádio e vendas digitais (download pago), resulta nas três métricas do Hot 100.
O Billboard 200 agora incluirá plays de áudio on-demand (os de assinaturas pagas e os mantidos por anúncios), mas seguirá sem contabilizar vídeo. Hoje, o Billboard 200 classifica os álbuns mais populares da semana com base no consumo de várias métricas, que incluem vendas de álbuns físicos, download pago e streaming.
A música está migrando de uma experiência puramente on-demand para uma seleção mais diversificada de preferências de audição (incluindo playlists e rádio) e as várias opções em que um consumidor pode acessar a música com base no compromisso de uma assinatura.
É a opinião da Billboard que atribuir valores e pesos diferentes aos níveis de engajamento e acesso do consumidor – juntamente com a compensação derivada dessas opções – reflete melhor medição dos resultados desses serviços.
A Billboard continua empenhada em ser referência quando se trata de acompanhar a atividade do fã. Nós sempre permaneceremos receptivos ao mercado para que nossos rankings continuem a ser a medida mais crível e relevante da popularidade da música.
Abaixo está a lista de serviços de streaming atuais que contribuem para o Hot 100 e Billboard 200, bem como as correspondentes músicas de gênero e álbuns.