Um projeto de lei (PL) aprovado ontem(19) pelo Senado propõe o adiamento da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em virtude da pandemia do novo coronavírus. A proposta teve 75 votos favoráveis e um voto contrário. O texto segue para a Câmara.
O projeto não firma um novo prazo para realização das provas, ficando dependente da evolução da situação epidemiológica. Por sua vez, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, defende a realização da prova na data prevista.
Até o momento, o Enem conta com 3,5 milhões de inscrições. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as inscrições vão até a próxima sexta-feira (22).
As provas para o dia 1º de novembro contam de: linguagens, códigos e suas tecnologias; redação; ciências humanas e suas tecnologias. As provas do 8 de novembro terão avaliações de: ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias. Também serão previstas provas digitais, nos dias 11 e 18 de outubro.
Em seu relatório, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) defendeu o adiamento da prova para garantir a igualdade de condições entre candidatos. "Lembremos, que nossos alunos das escolas públicas não tiveram sequer dois meses de aula completados neste ano letivo. Seria muito injusto submetê-los à já desigual concorrência que caracteriza os processos de acesso à educação superior", disse Izalci.
Ele também citou a situação das universidades, principalmente as públicas. Para ele, não adianta realizar uma prova de acesso às universidades sem saber em que condições elas estarão no primeiro semestre do ano que vem. "O ambiente de incerteza que nos atinge também condiciona as suas atividades. Elas só abrirão novas vagas quando dispuserem de todos os meios para tanto".