Vigilância Epidemiológica ganha prédio próprio no Paço Municipal

Mudança acontece no dia em que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) completa 50 anos


No dia em que o Brasil comemora os 50 anos de criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, 18 de setembro, a Vigilância Epidemiológica de Ubatuba também festeja a inauguração do novo prédio da Viep, instalado no Paço Municipal. A instalação abriga o setor administrativo, os arquivos e a sala de armazenamento e distribuição de imunobiológico municipal.

A Viep ocupava anteriormente um imóvel alugado junto com a Vigilância em Saúde, mas com a reforma e a adaptação do espaço próprio, ganhou instalações que contemplam de forma mais adequada às legislações vigentes para o armazenamento de vacinas.

A coordenadora da Viep, enfermeira Alyne Ambrogi, explica que o setor é o responsável por armazenar e distribuir para todo o município mais de 20 tipos de imunizantes que integram o Calendário Nacional de Vacinação, além de imunobiológicos especiais e de campanhas específicas, como a da Influenza e da Covid. "Podemos dizer que o prédio possui todas as especificações e adequações necessárias, inclusive com a instalação de um gerador que ajudará a manter a refrigeração das vacinas mesmo quando houver queda de energia", ressaltou Alyne.

Além do armazenamento e da distribuição de vacinas, a Vigilância Epidemiológica também é a responsável por registrar e acompanhar as doenças de notificações compulsórias, que são aquelas em que a lei exige que seja comunicada às autoridades de saúde pública, como gripe aviária, tuberculose, dengue, entre outras. Os dados permitem monitorar as doenças e antever possíveis surtos no país.

Dados da vacinação

De janeiro a agosto de 2023, Ubatuba já aplicou 49.009 doses de vacinas de rotina e de imunoespecial.

Contra a Covid-19, desde o início da vacinação em 2021, o município já aplicou 246.825 doses, registrando 87,50% de cobertura do esquema vacinal primário. Entretanto, quando o assunto é a vacina bivalente da Covid, o índice fica apenas em 16% do público apto à imunização.

"A Secretaria de Saúde tem feito a sua parte e, inclusive, realiza um fluxo de busca ativa de atrasos vacinais, com avisos aos pais e responsáveis por crianças não vacinadas, com até direcionamento ao Conselho Tutelar após a recusa de três convocações. A população também precisa fazer a sua parte, pois a vacinação protege contra várias doenças e ajuda a evitar sequelas que podem comprometer a pessoa por toda sua vida", destacou a coordenadora, enfatizando ainda que adolescentes e crianças de 4 a 6 anos são as faixas etárias que mais apresentam atrasos na vacinação.

Vacina da Gripe continua em Ubatuba

A Vigilância Epidemiológica informa ainda que mesmo a campanha nacional de vacinação contra a Influenza tendo terminado no último dia 15, a cidade de Ubatuba ainda conta com doses do imunizante e, por isso, seguirá com a vacinação até o final do estoque ou até o dia 30 de outubro.

O município já aplicou 24.028 doses da vacina contra a gripe, o que equivale a 48% do público-alvo. "Pedimos a colaboração dos moradores para que busquem pela vacina da Influenza e nos ajude a ampliar a cobertura vacinal da cidade. Ainda tem muitos casos de síndrome respiratória aguda grave, que podem ser amenizados com a vacinação", enfatizou Alyne.

Sextou com vacina

Toda última sexta-feira de cada mês, a Secretaria de Saúde realiza a campanha "Sextou com Vacina", que oferece todas as imunizações em horário estendido, das 17h às 21h, em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) espalhadas pela cidade. O projeto faz parte da estratégia municipal e visa atender as pessoas que trabalham em horário comercial. Em cada campanha são atendidas cerca de 400 pessoas. O próximo "Sextou com Vacina" acontece dia 29 de setembro.

Programa Nacional de Imunizações (PNI)

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi inspirado na primeira campanha de vacinação em massa feita no Brasil com o objetivo de controlar a disseminação da varíola, em meados dos anos 60. A iniciativa mostrou que a vacinação em massa tinha o poder de erradicar a doença e, anos depois, foi formulado o PNI, por determinação do Ministério da Saúde. A proposta básica para o programa foi aprovada em reunião realizada em Brasília, em 18 de setembro de 1973, com a participação de renomados sanitaristas e infectologistas, bem como de representantes de diversas instituições.